Enquanto voltou a vencer no Brasileiro , o Flamengo tem muito a comemorar nesta segunda-feira.
Dos momentos de tensão e quase eliminação até uma goleada histórica e uma virada inesquecível, a campanha do título da Libertadores de 2019 foi digna da grandeza do Flamengo. No dia que a conquista completa um ano, nesta segunda-feira, relembre os momentos mais marcantes da trajetória rubro-negra na competição, desde a estreia em Oruro até a decisão em Lima.
ESTREIA COM VITÓRIA NA ALTITUDE
Ainda com Abel Braga no comando e sem Gerson, Rafinha, Pablo Marí e Filipe Luís, o Flamengo iniciou a trajetória na Libertadores com o pé direito. A 3.700 metros de altitude, em Oruro (BOL), o Rubro-Negro superou as adversidades, derrotou o San Jose por 1 a 0 e terminou com o tabu de nunca ter vencido em estreias fora de casa pelo torneio continental. Em noite inspirada de Diego Alves, o único gol da partida veio com uma jogada que ficaria marcada no restante da campanha: passe preciso de Bruno Henrique e gol de Gabriel Barbosa.
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CLASSIFICAÇÃO NO SUFOCO
Apesar do bom início, o Flamengo não teve uma fase de grupo tranquila. A equipe perdeu para o Peñarol no Maracanã – com direito a expulsão de Gabigol – e foi derrotado pela LDU em Quito, no Equador. Dessa forma, chegou à última rodada precisando de pelo menos um empate contra o Peñarol, no Uruguai. E ele veio de forma dramática. O Rubro-Negro jogou bem, mas abusou de perder gols. Para piorar, Pará foi expulso, deixando o time com um a menos nos 30 minutos finais. Mas, no sufoco, o 0 a 0 foi assegurado e o Flamengo passou em primeiro do Grupo D, com os mesmos 10 pontos de LDU e Penãrol.
VIRADA COM APOIO DA NAÇÃO
Logo nas oitavas de final, mais uma classificação dramática. Diante do velho conhecido Emelec, o Flamengo - já com Jorge Jesus - não jogou bem e foi derrotado por 2 a 0 na partida de ida, no Equador. Com o fantasma recente das eliminações precoces, o clube precisava pelo menos devolver o placar no jogo de volta para levar a decisão para os pênaltis. E assim o fez. Com um Maracanã em clima de final e Gabigol em noite inspirada, o Rubro-Negro venceu por 2 a 0 e se classificou nos pênaltis, onde brilhou a estrela do goleiro Diego Alves.
“CINCUN!”: GOLEADA HISTÓRICA
Após passar pelo Inter nas quartas de final, o Flamengo tinha uma pedreira (pelo menos, no papel) pela frente nas semifinais: o Grêmio, que havia conquistado o torneio em 2017. Na partida de ida, em Porto Alegre, uma grande atuação rubro-negra, mas empate em 1 a 1. Na volta, no Maracanã, uma noite que ficará marcada na memória dos torcedores por muitos anos. Sem tomar conhecimento do adversário, o Flamengo aplicou uma goleada histórica de 5 a 0, que deixou o clube a uma vitória do título da Libertadores.
TÍTULO COM EMOÇÃO E FIM DA ESPERA
Na primeira final em jogo único da história da Libertadores, o destino preparou um roteiro especial para o Flamengo. Em 23 de novembro, no Estádio Monumental de Lima, no Peru, o adversário seria o então atual campeão River Plate, que saiu na frente do placar com 14 minutos de jogo. Atrás do placar, o Rubro-Negro não vivia um dia inspirado e tinha dificuldades em criar. Mas, quando a partida encaminhava para o fim, apareceu a estrela de Gabigol. Em apenas três minutos, aos 43 e aos 46, o atacante marcou duas vezes, e o que parecia um final melancólico se transformou na festa de 40 milhões de torcedores. O Flamengo enfim voltava a conquistar a América após 38 anos de espera.