É oficial. A partida entre Flamengo e Palmeiras , que ocorreria neste domingo, pelo Brasileirão, está suspensa.
O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, por meio do juiz do trabalho Filipe Olmo, acatou o pedido feito pelo Sindeclubes, sindicato que representa funcionários de clubes no Rio de Janeiro.
A entidade havia entrado com uma ação civil pública solicitando o adiamento, até que os empregados do rubro-negro cumprissem quarentena.
O sindicato apontava na ação que 21 profissionais estão escalados pelo clube para o jogo. Diante disso, vê "risco elevado de contágio".
Chama a atenção que o Sindeclubes é comandado por José Pinheiro dos Santos, que é funcionário da segurança do Flamengo.
Porém, uma fonte de dentro do Palmeiras, ouvida pela reportagem do iG Esportes logo após a decisão pró-Flamengo, apontou que o clube vai recorrer imediatamente e que o alviverde não abre mão da realização da partida.
Confira a decisão do juíz:
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"Apesar dos protocolos estabelecidos pela CBF e pelo 2º réu, é público e notório, pelos documentos e notícias juntadas aos autos, que há um surto focalizado entre os empregados e jogadores do Clube de Regatas do Flamengo.
Em razão dos eventuais resultados falso-negativos e da possibilidade de haver infectados dentro do período de incubação, não há garantia de que os empregados saudáveis não terão contato com outros empregados que possam estar infectados.
Deve-se ressaltar, ainda, que os exames são realizados com antecedência de 2 a 3 dias, e que outros empregados podem ter sido infectados após a realização do exame, em razão do surto focalizado já mencionado. Neste contexto, não há como garantir que empregados que tenham testado negativo estejam, de fato, saudáveis e não estejam transmitindo o vírus, seja pela possibilidade de resultado falso-negativo, seja pela possibilidade de ter contraído o vírus após a realização do exame.
Ressalte-se que o sindicato autor representa o staff do clube, composto, muitas vezes, por pessoas idosas e/ou pertencentes ao grupo de risco, o que potencializa o risco da realização da partida em questão.
Manter a partida implicaria risco demasiado para a saúde de jogadores das duas equipes, comissão técnica e demais empregados. Além disso, há risco de contaminação dos familiares, quando do retorno para casa."