Na última segunda-feira (08), Erik comemorou sete anos da conquista do Torneio de Toulom pela Seleção Olímpica, esse foi o primeiro título internacional do jogador, que até então atuava pelo Goiás e tinha 18 anos.

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Erik
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"Comemorar o aniversário desta data é especial. Eu era muito jovem e já estava conquistando títulos com a Seleção Brasileira, é o sonho de qualquer menino que quer jogar futebol", disse Erik .

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Além do Goiás, o atacante, hoje com 25 anos, passou pelo Palmeiras, clube que ainda tem seus direitos, Atlético Mineiro, Botafogo e hoje está emprestado para o Yokohama, do Japão. Lá, o futebol também está parado por conta do coronavírus, mas com a boa situação do pais, os campeonatos devem ser retomados dia 4 de julho.

Em entrevista exclusiva ao iG Esporte, Erik falou sobre sua vida no Japão, o período de quarentena e um possível retorno ao Brasil no futuro. Confira:

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Como foi o seu período de quarentena? Como você treinou e encarou esse momento?
Foi um período de muita prevenção e muitos cuidados. Consegui desfrutar muito da companhia da minha esposa e vivi muitos momentos em família, já que estamos num momento muito especial com a descoberta da gravidez. Estamos muito felizes e esse tempo em casa foi importante para curtir e estar junto de quem amamos.

Como você se sentiu estando tão longe de seu país em um momento tão crítico?
Em alguns momentos fiquei bastante triste, porque acompanhei várias notícias que me deixaram chateado e decepcionado, mas sempre procurei pensar positivo e manter a confiança de que as coisas vão melhorar. Sei que nosso país passou e passa por um momento muito delicado, mas espero que isso termine o mais rápido possível, que o país consiga superar essa pandemia da melhor forma, que é ficando em casa e cuidando de seus familiares e amigos para manter todos seguros.

Com a atual situação do Brasil, como você fica longe de familiares que estão aqui?
Tento matar a saudade da melhor forma possível. Tenho me informado diariamente sobre a situação do Brasil, mantenho contato através de vídeo chamadas e estou sempre mentalizando energias positivas para a minha família que está aí. Faço o possível para que eles se sintam bem e estejam seguros durante o caos que o país está vivendo.

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Como você se sente agora, que em breve estará voltando a jogar com o retorno do futebol no Japão?
Estou bastante feliz, porque é um momento em que me sinto muito confortável, me divirto bastante, é a profissão que escolhi e pela qual tenho muito amor. É muito bom fazer uma partida oficial, vestir o uniforme do clube, estar representando milhares de torcedores, isso pra mim é fantástico. É um sentimento de felicidade, estou desfrutando ao máximo cada treino para poder voltar 100%.

Qual recado você daria para os brasileiros que estão ansiosos para o retorno do futebol no Brasil?
É um momento difícil e delicado para o nosso país. O que posso falar é que sejam conscientes, que se cuidem e se previnam. Tenham paciência porque sei que, no momento certo, tudo vai voltar ao normal para que possam ter segurança em fazer o que amam.

Agora sem levar pandemia em consideração, como é a vida no Japão? O que mais mudou na sua vida em um país tão diferente culturalmente?
Tem sido uma experiência incrível. Desde que cheguei aqui pela primeira vez venho sendo tratado de forma muito especial. O clube, juntamente com o staff, tem dado todo o apoio e estrutura necessária para um atleta profissional de alto nível. Estou muito feliz, tenho aprendido bastante, é uma cultura milenar de muito respeito e educação. Estou aproveitando bastante e aprendendo muito com esse país incrível e sua cultura muito rica.

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Estar no Japão fez você mudar algum ponto de vista que tem do Brasil dentro e fora do futebol? Quais?
Eu já crescia muito no Brasil, procurava escutar os atletas mais experientes, as pessoas mais velhas, mesmo não sendo atletas, porque ainda têm muito pra passar para os mais novos. Aqui faço o mesmo, tento aprender todos os dias. Tem sido uma experiência incrível, tenho vivido um sonho que era jogar fora do país, ter uma vivência em um clube que trata muito bem os estrangeiros tem sido magnífico. A educação, o respeito, o caráter, que é muito importante em qualquer lugar que você chega, então tenho aprendido mais a cada dia.

Você tem vontade de voltar a jogar e a morar no Brasil?
Sempre deixei bastante claro que, o clube pelo qual tenho contrato e estou representando, vou viver intensamente todos os momentos, deixo o futuro na mão de Deus e sei que na hora certa as coisas vão acontecer. Tenho vivido o Japão de maneira muito intensa, me dedicando todos os dias, crescendo sempre como profissional e como pessoa. Meu foco principal é hoje, aqui e agora.

Ainda que esteja longe, pensa em encerrar sua carreira aqui?
É o país onde nasci, onde fui criado, passei por todas as etapas de categorias de base no início da minha carreira pelo Goiás, depois Palmeiras, Atlético Mineiro e Botafogo, sou eternamente grato por todos esses clubes. Hoje vivo uma experiência fantástica aqui no Japão, tenho vivido momentos muito especiais, sou bastante grato por todos os lugares que passei, porque eles me trouxeram até aqui. Mas quem sabe...seria muito especial, é o meu país. Tudo tem seu tempo certo, ainda sou jovem e quero desfrutar muito do futebol.

Como você se sente estando no local onde as Olimpíadas vão acontecer? Pensa em acompanhar de alguma forma?
Com certeza penso em acompanhar. É um dos maiores eventos esportivos do mundo, seria fantástico ver de perto. Existem as cotas de três atletas acima da idade Olímpica também, nunca podemos perder as esperanças de poder representar o país. Por mais que eu viva uma fase muito intensa e boa pelo clube, justamente buscando aprimorar o nível. Quem sabe as portas ainda estejam abertas e poder representar o país seria incrível.

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Erik foi campeão pelo Palmeiras

Se você voltasse hoje para jogar no Brasil, onde gostaria de jogar?
Sou um atleta profissional e tenho que respeitar todas as escolhas. A gente sempre sonha em vestir a camisa de grandes clubes do futebol brasileiro, claro que tenho um carinho especial pelos clubes onde já joguei, mas quero deixar todas as portas abertas. É sempre importante manter uma carreira limpa e de respeito a todos.

O que você vai trazer de experiência?
A gente sempre cresce e amadurece com cada treinador e cada grupo de atletas. Tenho crescido bastante com o nosso técnico que é estrangeiro, tem uma mentalidade europeia. Isso tem me feito um atleta melhor, aprimorar taticamente meu jogo. Tenho certeza de que tem muitas coisas boas que posso levar na bagagem.

O que sua família acha de você estar no Japão? Eles gostam?
Eles sentem saudade, sentem falta, assim como eu também. Mas o Japão é um país muito especial, onde aprendemos muito, temos vivido momentos muito felizes e realizando nossos sonhos. Claro que amamos o Brasil e sentimos falta de nossos familiares, mas eles entendem a importância de eu estar dando esse passo importante para a minha carreira, e se eu estiver feliz aqui, eles estão felizes e tranquilos aí.

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