Já se passaram 60 dias desde que a prisão domiciliar foi concedida a Ronaldinho Gaúcho . Em meio a pandemia do coronavírus, ele passa o tempo em um hotel de luxo na capital do Paraguai enquanto aguarda o julgamento. Ele foi preso em março por entrar no país com documentos falsos, e nesta terça-feira falou sobre a sua rotina em entrevista ao "Mundo Deportivo".
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— Aqui no Palmaroga Hotel temos um tratamento excelente. Eles fazem de tudo para passar o tempo da maneira mais agradável possível. Já faz sessenta dias. As pessoas em suas casas devem imaginar como deve ser não fazer o que você está acostumado. Eu acho que isso é algo que permanecerá para sempre em todos nós depois de viver essa experiência complicada — disse Ronaldinho , que admitiu estar preocupado com a pandemia.
Ele e o irmão, Roberto Assis , ficaram detidos em uma penitenciária de Assunção por um mês antes de irem para o hotel, cujo dono é o Barcelona, ex-clube de Ronaldinho.
— Eu sabia que o hotel pertence ao Grupo Barcelona. Definitivamente, eu e o Barcelona parecemos estar unidos. Será sempre minha segunda cidade e é o clube mais incrível do mundo. Os torcedores moram no meu coração — disse. — Nem sempre foi fácil, mas tentei trazer alegria fazendo o que sei fazer melhor: jogar futebol. Só fiquei triste quando não pude fazer as pessoas felizes. Felizmente, tive poucas lesões em meus vinte anos de carreira — relembrou Ronaldinho.
Durante sua passagem pela prisão, Ronaldinho até participou de um torneio interno com outros detentos, e comentou sobre a importancia do futebol nos momentos mais difíceis.
— O futebol está em todo lugar. É único e um fenômeno global. Sempre abriu as portas para mim, mesmo em muitos momentos em que tudo parecia difícil ou até impossível... Até me levou a Barcelona para realizar meus sonhos — disse o ex-jogador de 40 anos.