A CBF anunciou nesta segunda-feira a retirada da candidatura para ser sede da Copa do Mundo Feminina , em 2023 . A Fifa anunciará o vencedor no dia 25 de junho, após reunião do Conselho da entidade. Com a saída do Brasil, a escolha ficará entre Austrália/Nova Zelândia, Japão e Colômbia.
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Segundo a CBF , a Fifa não enxergou as garantias necessárias por parte do governo federal para realizar a competição em solo brasileiro.
Politicamente, a candidatura brasileira já não era considerada favorita. O país perdeu recentemente a disputa para sediar o Mundial Sub-20 de 2021. A própria CBF entende que há uma concentração de eventos recentes no país. Ano passado, o Brasil recebeu o Mundial Sub-17, sendo substituto de última hora do Peru, que não conseguiu organizar o evento.
Para a Fifa, a escolha da próxima sede do Mundial Feminino é estratégica para aproveitar o crescimento de interesse na competição. Será a primeira edição no formato com 32 seleções. Em 2019, na França, o torneio bateu recordes de audiência. Os Estados Unidos ficaram com o título, enquanto o Brasil caiu nas oitavas para as donas da casa.
Confira a nota da CBF:
Após minuciosa avaliação, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu retirar a candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo Feminina FIFA 2023. Uma combinação de fatores levou a esta decisão, tomada com grande responsabilidade.
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Análise da FIFA sobre a documentação da candidatura brasileira considerou que não foram apresentadas as garantias do Governo Federal e documentos de terceiras partes, públicas e privadas, envolvidas na realização do evento.
A CBF compreende a necessidade da FIFA de obter tais garantias e sabe que elas fazem parte do protocolo padrão da entidade internacional, sendo elemento fundamental para conferir a segurança necessária para efetiva realização de eventos deste porte.
O Governo Federal, por sua vez, elaborou para a FIFA uma carta de apoio institucional na qual garantiu que o país está absolutamente apto a receber o evento do ponto de vista estrutural, como já o fez em situações anteriores. No entanto, ressaltou que, por conta do cenário de austeridade econômica e fiscal, fomentado pelos impactos da pandemia da Covid-19, não seria recomendável, neste momento, a assinatura das garantias solicitadas pela FIFA.
Diante do momento excepcional vivido pelo país e pelo mundo, a CBF compreende a posição de cautela do Governo brasileiro, e de outros parceiros públicos e privados, que os impediu de formalizar os compromissos no prazo ou na forma exigidos.
Soma-se a isso a nossa percepção, construída durante o processo, de que o acúmulo de eventos esportivos de grande porte realizados em curto intervalo de tempo no Brasil - Copa das Confederações 2013, Copa do Mundo FIFA 2014, Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, CONMEBOL Copa América 2019 e Copa do Mundo FIFA Sub-17 2019 - poderia não favorecer a candidatura na votação do próximo dia 25 de junho, apesar de serem provas incontestáveis de capacidade de entrega.
Sendo assim, a CBF decidiu retirar a candidatura brasileira e apoiar a Colômbia na disputa para a sede da Copa do Mundo Feminina FIFA 2023. Desta forma, a CONMEBOL se apresenta com uma candidatura única, aumentando as chances sul-americanas na votação, além de reforçar a unidade que marca a atual gestão da entidade.
A CBF agradece a todas e todos que participaram da candidatura brasileira e reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do futebol feminino no país. Um compromisso que vem sendo demonstrado tanto no fortalecimento das competições entre clubes, quanto das Seleções Nacionais. Seguimos com o objetivo de realizar uma edição da Copa do Mundo Feminina FIFA em gramados brasileiros e a trabalhar para que isso aconteça assim que possível.