Guilherme comemora um dos gols pelo campeonato grego
Divulgação/Olympiacos
Guilherme comemora um dos gols pelo campeonato grego

A pandemia por conta do novo coronavírus atingiu em cheio o mundo do futebol. Na Grécia não foi diferente. Desde o dia 13 de março, após a 26ª rodada, a bola não rola, mas, ao contrário do Brasil, a retomada por lá já tem data praticamente certa e deve ocorrer no início do próximo mês.

Vivendo uma das melhores fases da carreira, o volante Guilherme, que foi revelado pela Portuguesa e ganhou destaque pelo Corinthians, onde foi Campeão Paulista e da Recopa em 2013, não vê a hora de voltar a jogar pelo Olympiacos. 

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Ao todo, o volante fez 36 jogos nesse ano e vive uma fase de artilheiro. Os cinco gols marcados até agora, colocam a temporada como a sua mais goleadora desde que chegou a Europa em 2014, superando o último ano com o próprio time grego, quando foi as redes em quatro oportunidades. Até agora, são dois gols na Champions League (contando com a pré-eliminatória), dois no Campeonato Grego e um na Copa da Grécia. O que mais chamou a atenção foi na derrota por 3 a 2 para o poderoso Bayern de Munique, virtual campeão alemão.

Em entrevista exclusiva ao iG, o jogador falou do atual momento. “Estava vivendo uma grande fase, um momento único, fazendo gols e alguns deles muito importantes, inclusive na Champions League, que tinha o sonho de jogar e que acabei marcando contra uma grande equipe. Estou muito feliz. Espero, quando retornar o futebol, votar a jogar da mesma forma e poder ajudar equipe. Com gol, ficaria ainda mais feliz”, diz.

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A boa notícia é que, em breve, o jogador pode retomar o caminho das redes. O retorno do campeonato grego deve ocorrer ainda no início de junho. Na semana passada, durante reunião por videoconferência, os 14 clubes da Liga Grega de futebol apresentaram uma proposta para retomar a disputa no final de semana dos dias 6 e 7, após mais de dois meses de suspensão. A decisão foi unânime e, agora, espera uma resposta do governo helênico, dependendo apenas das medidas de segurança necessárias para retomar as atividades.

“Vejo com bons olhos (retorno). Se os responsáveis pela Saúde e o Governo estão dizendo que está tudo bem e não tem muito mais casos, fico feliz. Quero voltar o mais rápido possível. Só treinar e não jogar é algo diferente. Os jogadores não estão acostumados. Espero que dê tudo certo, tomando todas as precauções, e que ocorra tudo bem”, diz ele, elogiando a atuação do governo grego e da população local no enfrentamento ao coronavírus. “Tem sido equilibrado (na Grécia), não aconteceu muito mais casos, as pessoas tomaram as precauções logo cedo. O país foi muito bem em comparação aos outros países da Europa e do mundo”.

Desde 2014 na Europa, Guilherme, que antes de chegar ao time grego, teve passagens pela Udinese, da Itália, além de Deportivo La Coruña, da Espanha, prefere não fazer planos para o futuro, mas, não descarta nenhuma possibilidade, inclusive uma volta ao Brasil.

“Estou um tempo na Europa e tem sido uma grande experiência. Tenho contrato até a metade de 2021. É difícil dizer o que pode acontecer. Essa temporada, por exemplo, aconteceu essa coisa do vírus que ninguém esperava. Não descarto uma volta para o Brasil, ou algo na Europa e também me manter no Olympiacos. Não descarto nada. Quando chegar hora, vou analisar o que é melhor para mim, minha família e todos que estão envolvidos. Agora, vou focar na volta e esperar para ver o que pode acontecer”, diz.

Sobre uma prioridade ao Corinthians, clube que, após se destacar, acabou vendido por 4 milhões de euros (apenas 30% dos diretos eram do alvinegro), Guilherme lembra da relação com a torcida. “Desde quando saí recebo esse carinho dos torcedores, por meio das redes sociais. Fico Feliz. Não tem como dizer que é a prioridade, já que pode acontecer muitas coisas e tenho que pensar o que é melhor para mim e para minha família. Mas, o dia que voltar ao Brasil, independente de onde seja, volto para ganhar coisas e jogar em alto nível. Claro que se o Corinthians tiver interesse é de se pensar com um carinho maior”, aponta.

Com 29 anos, Guilherme está na idade que muitos consideram que um jogador atinge o auge do rendimento, por isso, mesmo sabendo das dificuldades, não desiste de vestir a camisa verde e amarela. “Todo jogador sonha com a seleção brasileira. Ainda tenho o sonho. Pode ser um pouco distante, mas ninguém sabe o dia de amanhã. Quero estar bem no clube e ser convocado pela primeira vez. Sei que é difícil e que tem muitos craques na minha posição. Mas, quem sabe um dia. Tenho o sonho e espero realizar”, conclui.

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