O argentino Mauro Boselli completa hoje 35 anos de vida, mas, apesar da adoração por grande parte da torcida e a defesa por sua permanência, ainda não há uma definição sobre o seu futuro no Corinthians.
Com contrato até dezembro desse ano, o atacante tem um acerto para ficar por mais um ano, porém, a concretização desse acordo dependerá exclusivamente da vontade do jogador e do desejo da diretoria. Em entrevista recente à imprensa mexicana o argentino confirmou a situação. “Há uma renovação assinada por mais um ano, mas ela tem que ser efetivada pelo clube e por mim. Se uma das partes não estiver de acordo, verei o que será do meu futuro. Até dezembro tenho contrato com o Corinthians, depois será uma decisão que terão que tomar o clube e o treinador, e também ver se eu quero ficar”, disse.
Em sua segunda temporada com a camisa corintiana e tendo uma sequência maior em relação ao primeiro ano, quando o time era comando pelo técnico Fábio Carille, o argentino é titular absoluto com Tiago Nunes e, até a parada por conta da pandemia, era um dos poucos que se salvavam no elenco, marcando, em 11 jogos, quase metade dos gols do time (seis dos 13). Além disso, foram duas assistências. Na temporada anterior, foram dez gols em 45 jogos.
Mesmo diante de desempenho dentro de campo, a permanência não é certa, já que, no último mês, o Corinthians voltou a sonhar com o retorno do atacante Jô, que quer deixar, já no meio do ano, o Nagoya Grampus, mas, ainda discute com os japoneses uma forma de antecipar a saída sem ter que desembolsar a multa rescisória.
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Se, publicamente, os dirigentes do clube confirmam o interesse no atacante, hoje com 33 anos, internamente já é um consenso, diante da situação econômica do clube - que piorou por conta da pandemia -, que não há como manter três centroavantes com idade avançada e vencimentos entre os maiores do elenco. Além do argentino e da possível volta do ídolo alvinegro, hoje o plantel conta com Vagner Love, que tem 35 anos e acordo até dezembro desse ano.
Apesar dos contratos no final, a diretoria do Corinthians não tem pressa para definir as renovações e nem mesmo a contratação do novo atacante. Sobre Boselli e Love, a ideia é usar o restante da temporada para avaliar o desempenho dentro de campo e só aí optar ou não pela renovação. Já sobre a situação de Jô, a palavra de ordem é esperar. Como não aceita desembolsar nenhuma quantia para trazê-lo, a diretoria aguarda a negociação com os japoneses e também torce para não aparecer propostas oficiais do Oriente Médio. Não há no alvinegro, porém, qualquer preocupação que o jogador acerte com outro time brasileiro, diante do carinho que o atacante mantém pelo clube e o presidente Andrés Sanchez, além boa relação da diretoria com o seu empresário, Giuliano Bertolucci.
Em compasso de espera, Boselli, que tem mercado no México, segue mantendo a forma em casa, ao lado das três filhas. Revelado pelas categorias de base do Boca Juniors, o jogador iniciou a carreira profissional em 2003. Em 2008, foi para o Estudiantes, onde foi campeão da Libertadores e artilheiro da competição em 2009. O bom desempenho individual o fez ser vendido para o Wigan, que então estava na primeira divisão do futebol inglês. Com poucas oportunidades, foi emprestado para o Genoa (ITA), Palermo (ITA) e novamente Estudiantes.
Em 2013, Boselli foi para o futebol mexicano, acertando com o León. Por lá, se tornou o segundo maior artilheiro na história da equipe, com 130 gols marcados em 220 jogos. Pela seleção Argentina, participou de 12 jogos nas categorias de base, e mais quatro pela principal entre 2009 e 2011, anotando um gol.