Em documento enviado nesta quinta (30) à Confederação Brasileira de Futebol
(CBF), o Ministério da Saúde
se mostrou favorável à retomada dos jogos de futebol sem público e com medidas de saúde e higiene adequadas por conta da pandemia da Covid-19. Por outro lado, o Ministério pontuou que, para isso, será necessário testar todos os trabalhadores
envolvidos nas partidas (não apenas os atletas), além de seus familiares.
O Ministério sugere na minuta que a CBF "garanta a realização dos testes e avaliações constantes não apenas nos atletas, mas também que seja ofertado aos membros das comissões técnicas, funcionários e colaboradores, assim como respectivos familiares e contactantes próximos". Mas a preocupação é com a falta de testes rápidos frente à necessidade de atender à população.
A minuta foi uma resposta ao protocolo médico nacional da CBF, chamado de "Guia para Retomada Progressiva".
Mesmo assim, o Ministério da Saúde se diz favorável à retomada cuidadosa porque "reconhece que o futebol é uma atividade esportiva relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social", já que poderia manter as pessoas em casa, assistindo às transmissões durante o isolamento.
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Confira as recomendações finais do documento do Ministério à CBF:
"Em que pese a importância do assunto, ressaltamos a necessidade de que os planos considerem para a definição da retomada e realização das partidas:
1. O perfil epidemiológico apurado pelas autoridades de saúde municipais e estaduais previamente às atividades de treinamento e realização dos jogos.
2. A adoção de ações que garantam o distanciamento adequado e seguro entre os profissionais que atuam na organização das atividades previstas;
3. A garantia de que os treinamentos e as partidas ocorram com os portões fechados;
4. A efetivação de estratégias e meios para que não ocorram aglomerações nas imediações dos locais onde as partidas serão realizadas;
5. A garantia de que os profissionais envolvidos e jogadores que apresentem sintomas sigam as orientações médicas para a quarentena.
6. Sugere-se assim o envolvimento de outros setores governamentais, tais como: Ministério da Economia, Ministério da Cidadania, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Casa Civil, Anvisa, Entidades representativas de estados e municípios."