Lance

Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo
Gilvan de Souza/Flamengo
Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo

Após o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello declarar que a tragédia do Ninho do Urubu dificilmente teria ocorrido sob a sua gestão, há movimentação nos bastidores que pode levá-lo à expulsão do quadro social do clube. Isso porque, o Grupo Vanguarda Rubro-Negra, do ex-candidato à presidência pela chapa branca, Marcelo Vargas, protocolou no conselho de administração do Fla um pedido de inquérito contra as recentes declarações do antigo mandatário.

Leia também: José Silvério é demitido da Rádio Bandeirantes após 20 anos

Em carta (veja na imagem abaixo) emitida pelo grupo político, a fala de Bandeira é tida como "inconsequente", "absurda" e motivadora de um "prejuízo de grande repercussão negativa para o Clube de Regatas do Flamengo , em um momento de crise mundial, onde toda a sociedade está fragilizada por uma pandemia que vem ceifando vidas e que trará sequelas à economia mundial".

No documento, ainda é questionado o "real interesse" de Bandeira de Mello , que, de acordo com o Vanguarda Rubro-Negro, poderia estar se "aproveitando do cargo exercido recente no Flamengo, objetivando de usá-lo em sua campanha político-partidária". O ex-presidente, cabe sublinhar, é pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro pela Rede.

Em tempo: é citado o artigo 49 do estatuto, que prevê suspensão de até 360 dias ou eliminação do referido.

Carta - Bandeira de Mello

Carta emitida pelo Grupo Vanguarda Rubro-Negra (Foto: Reprodução)

POSICIONAMENTO DA ATUAL DIRETORIA

Sobre a tal declaração, o Flamengo já se manifestou através de uma nota oficial, assinada pelo atual presidente Rodolfo Landim, por Antônio Alcides Pinheiro da Silva (presidente do Conselho Deliberativo), por Bernardo Amaral do Amaral (presidente do Conselho de Administração), por Moysés Saul Akerman (presidente do Conselho de Grandes Beneméritos), por Sebastião Pedrazzi (presidente do Conselho Fiscal) e por Marcelo Conti Baltazar (presidente da Assembleia Geral do clube).

O Rubro-Negro explica os motivos do indiciamento de Bandeira e reproduz o que foi constatado pelas autoridades policiais no inquérito que apura a responsabilidade pelo incêndio no centro de treinamento.

- Não é crível que o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello tivesse deixado de tomar conhecimento da interdição do CT e dos consequentes autos de infração, tendo preferido este dirigente com domínio final do fato ignorar as determinações estatais, as quais, caso tivessem sido atendidas, teriam poupado as vidas dos jovens atletas - diz um trecho da nota, reproduzindo o que fora registrado pela autoridade policial.

Mais recentemente, precisamente no sábado, Marcos Braz, vice-presidente de futebol do clube, lamentou a opinião de Bandeira e não mediu palavras:

- O presidente Bandeira de Mello foi muito infeliz nas declarações que fez na semana passada. Foi uma declaração covarde ou até mau caráter. Não sei se foi uma atitude de mau caráter ou de oportunismo - afirmou Braz, que também defendeu a gestão de Rodolfo Landim.

- Ele como ex-presidente não poderia dar essa declaração. Foi na gestão dele que contrataram aquele contêiner, que as crianças estavam lá e chegaram todas as notificações da prefeitura - finalizou.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!