A justiça do Paraguai suspeita que o jogador  Ronaldinho Gaúcho  e seu irmão, Roberto de Assis, estariam envolvidos em outros crimes além do uso de passaporte falso. Em entrevista exclusiva ao "Esporte Espetacular", o promotor Osmar Legal, responsável pelo caso em Assunção, destacou que a justiça paraguaia já tem as informações sobre como os brasileiros tiveram acesso aos documentos adulterados e que ambos estão colaborando com as investigações.

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Ronaldinho Gaúcho e o irmão Assis chegaram algemados para depoimento
Reprodução/ Twitter
Ronaldinho Gaúcho e o irmão Assis chegaram algemados para depoimento


Ao ser perguntado sobre quais seriam os outros crimes, o promotor não revelou detalhes: "Ainda não podemos adiantar sobre os passos das investigações, mas há indícios que outros crimes foram cometidos", disse.

Na mesma entrevista, Legal afirmou que a justiça paraguaia já confirmou que Ronaldinho e o irmão usaram o passaporte falso para sair do Brasil e entrar no país vizinho.

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"Temos informações que eles já receberam os documentos falsos ainda no Brasil e também sabemos que eles utilizaram esses documentos para entrar no Paraguai . Os passaportes têm registros e assinaturas deles, então para nós fica claro que foram utilizados", acrescentou o promotor. "Essas informações ainda são sigilosas, mas nós já temos informações concretas sobre como esses passaportes chegaram ao Ronaldo e ao Assis."

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O promotor indicou que os brasileiros estão contribuindo com o andamento das investigações, porém, destacou que isso não significa que eles assumiram a culpa pelo crime.

Ronaldinho algemado

Legal também se pronunciou a respeito de uma imagem que chamou atenção, principalmente dos brasileiros: o jogador e seu irmão estavam algemados quando foram presos . Ele considerou o ato desnecessário.

"Pessoalmente, eu não vejo como necessário o uso de algemas, em casos de presos que não demonstrem perigo real ou risco de fuga. Mas isso é uma prerrogativa do juiz do caso."

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Mesmo com a fama e a influência de Ronaldinho, o promotor garante que ele e seu irmão serão julgados como qualquer outro cidadão: "A Lei deve ser igual para todos, seja Ronaldinho ou qualquer outro cidadão. Ele é uma pessoa muito querida, mas nós precisamos fazer o nosso trabalho como se fosse uma pessoa qualquer". 

"Prisão ilegal e abusiva"

Mais cedo, o advogado do brasileiro se pronunciou sobre a situação de seu cliente. Sergio Queiroz disse, durante entrevista coletiva em Assunção, que a prisão de Ronaldinho é ilegal e abusiva, assim como a detenção do irmão dele.

O advogado afirmou que o promotor entendeu que os dois poderiam voltar ao Brasil ou ir a qualquer outro país porque "não houve dolo", mas que, apesar disso, a Justiça determinou que Ronaldinho e Assis continuassem presos. "Eles não sabiam que os documentos eram ilícitos", afirmou o advogado em entrevista coletiva no Hotel Guarani.

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