Se todos os caminhos levavam para um possível fim, a novela entre Botafogo e Yaya Touré teve um novo capítulo. O marfinense, em contato com a diretoria do Alvinegro neste domingo, pediu novos termos no contrato previamente acordado com o clube e, consequentemente, a negociação, antes em um estágio final, voltou a se arrastar.
O meio-campista de 36 anos pediu um salário maior para o Botafogo. Em um primeiro momento, um valor de cerca de R$ 280 mil - que resultaria, com a exclusão de impostos, em R$ 200 mil líquidos - foi acordado, mas Yaya Touré voltou atrás e deu uma resposta a Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente do clube e membro do Comitê Executivo de Futebol, pedindo mais dinheiro.
O Botafogo não desiste da negociação e, por entender que a diferença entre os valores não é grande, continuará negociando com o marfinense. Vale ressaltar que a negociação seria sem custos, já que Yaya Touré está livre no mercado, mas o teto salarial do Botafogo é de R$ 150 mil.
Yaya Touré passou o domingo debatendo a possível vinda ao Brasil com a sua família. De Londres, ele deu a resposta a Carlos Augusto Montenegro, que está em Paris, onde mora, no início da noite, solicitando os novos valores. O mandatário do Glorioso começou a negociar de forma imediata e ainda mantém o otimismo para um desfecho positivo.
O jogador, vale ressaltar, teria uma cláusula de bônus de salário com participações em ações de marketing e venda de camisas com o seu nome, assim como acontece com Keisuke Honda. Yaya Touré ficou animado com a possibilidade de jogar no Brasil, mas parte da família não está totalmente convencida - por isto a questão do dinheiro é tão importante.
Ricardo Rotenberg, outro membro do Comitê Executivo de Futebol do clube, entrará no circuito com o intuito de convencer Yaya Touré a chegar em um denominador comum com o Botafogo em termos salariais. A novela, portanto, não termina por agora.