A relação entre Flamengo e Adidas sofreu novo arranhão após o vazamento, nas redes sociais, dos uniformes 2 e 3 para a temporada 2020. Os desenhos não agradaram aos torcedores e se juntam à lista de insatisfações recentes.
Os modelos foram fotografados em uma reunião no Conselho Deliberativo, ainda em 2018, mas ganharam a internet na noite de quinta-feira. A maior preocupação com o vazamento, neste caso, é evitar a pirataria. Mas saber que novos uniformes estão a caminho reacendeu a discussão sobre a dificuldade de abastecimento da empresa.
As lojas oficiais do Flamengo estão sem camisas do time de futebol no estoque desde dezembro. Nenhuma unidade recebeu da Adidas o carregamento para 2020. Normalmente, há uma análise que prevê a falta de camisas, e a fornecedora é comunicada a fim de restabelecer a entrega em até 60 dias, o que não ocorreu.
O GLOBO procurou o Flamengo, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. Já a fornecedora informou que não se manifestaria.
Existe ainda a possibilidade de os mantos das conquistas da Libertadores e do Brasileirão não voltarem às lojas. É que, com proximidade do lançamento da linha 2020, a Adidas ainda avalia se vale produzir uniformes da temporada passada. A empresa acredita que isso esvaziaria o interesse nas novas camisas e atrapalharia os planos de bater recorde de vendas neste ano.
Vale lembrar que a Adidas antecipou o lançamento da camisa 1 para antes do duelo contra o Athletico, pela Supercopa do Brasil, em 16 de fevereiro. A ideia é que o uniforme esteja à venda na véspera. Não há datas previstas para o lançamento das linhas 2 e 3.
No Flamengo, apesar do descontentamento quanto ao fornecimento, há o entendimento de que o contrato com a Adidas é positivo financeiramente e a busca por uma readequação na distribuição é o melhor caminho. Tanto que o valor do patrocínio está na previsão de orçamento para 2020.