O Flamengo demitiu o gerente de futebol Paulo Pelaipe nesta segunda-feira. O profissional voltaria ao trabalho no Centro de Treinamento nesta terça, mas recebeu um e-mail do setor de recursos humanos comunicando que não teria seu vínculo renovado.
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No fim do ano passado, Pelaipe acertou a ampliação de seu contrato com o vice de futebol Marcos Braz, que ordenou que o termo fosse redigido pelo departamento jurídico do clube. Quando o acordo chegou à presidência para ser assinado, não foi adiante. Braz não foi nem consultado sobre a demissão.
O presidente Rodolfo Landim decidiu desligar o funcionário após influência da ala política de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, vice de relações externas. Ele recebeu a informação de que Pelaipe estava vazando algumas notícias internas. O estopim teria sido a falta de pagamento de premiações a funcionários por títulos conquistados, ainda em Doha, no Qatar.
O gerente viajou de férias depois do Mundial de Clubes e tratava com Braz e o diretor Bruno Spindel sobre o planejamento para 2020. Ele teve até um jantar com o técnico Jorge Jesus em Portugal.
A demissão inaugura a guerra política no clube em nova temporada. Desde o ano passado, a disputa interna entre Marcos Braz e Luiz Eduardo Baptista é grande no Flamengo . Braz tinha em Pelaipe seu braço direito para o dia a dia do futebol. Bap colocou lá Bruno Spindel este ano.
O trio do futebol se deu bem apesar das polêmicas anteriores. A parceria entre Spindel e Braz nas negociações de jogadores colheu frutos importantes. Agora, a relação pode ficar abalada com a saída de um terceiro elemento que dava equilíbrio às ações políticas no futebol do clube.