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Ao evitar a derrota do Palmeiras na Fonte Nova, sentenciando o empate por 1 a 1 diante do Bahia, Borja também impediu que igualasse o seu maior jejum de gols no clube, interrompendo um período de 110 dias consecutivos sem balançar as redes. Mas o tom das palavras do colombiano, depois da polêmica que acabou se envolvendo com Mano Menezes, ainda é de adeus.

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Borja
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Borja



- Não sei o que está acontecendo com a diretoria ou o professor. Só fico trabalhando. Sei das minhas condições. Se eles acham que tenho que sair, saio sem problema nenhum. Se o caminho é sair do Palmeiras no ano que vem, não tem problema. Estou com Deus, e Deus me ajuda a tomar a decisão. Estou tranquilo e trabalhando, que é o mais importante – disse  Borja .

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As declarações aparecem em um momento que poderia ser de alívio. O último gol do atacante tinha ocorrido há quase quatro meses: em 30 de julho, na vitória por 4 a 0 sobre o Godoy Cruz, da Argentina, no Allianz Parque, no confronto de volta das oitavas de final da Libertadores.

De lá para cá, foram sete partidas em branco. O seu maior jejum no Palmeiras ainda é o de 2017, quando ficou 17 jogos sem balançar as redes, exatos 120 dias entre seus gols na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO, em 21 de junho daquele, e no 2 a 0 diante da Ponte Preta, em 19 de outubro.

Mas o fato é que Borja perdeu espaço ainda com Luiz Felipe Scolari e tem se desentendido com Mano. Após o técnico dizer à ESPN que o colombiano "talvez não seja tão estrela", o empresário do atacante divulgou uma nota oficial reclamando de desrespeito e o próprio jogador disse que a declaração "doeu na alma". Agora, o camisa 9 afirma que não se encaixa no esquema do time.

– A cobrança sempre existe. Mas, muitas vezes, o estilo de jogo da equipe não me ajuda muito, mas sei que preciso me encaixar e trabalhar para isso. Esses três anos no Palmeiras me ajudaram a desenvolver muito mais meu jogo, a jogar mais fora da área, com os movimentos curtos que sei fazer. Agora, me sinto mais completo. Sei que vou sair melhor do que quando cheguei - falou.

Borja foi comprado pelo Palmeiras por quase R$ 44 milhões no começo de 2017, já contando os R$ 11 milhões pagos a mais ao Atlético Nacional por não negociá-lo até agosto deste ano. Seu contrato acaba no final de 2021, e ele já falou em atuar pelo Junior Barranquilla, clube do coração, no ano que vem.

O fim da passagem de três temporadas, caso se concretize, chega depois do pior ano de Borja no clube. Marcou somente seis gols até agora, depois de fazer dez em 2017 e em 2018, quando disputou a Copa do Mundo e tornou-se artilheiro de Libertadores e Paulista. Agora, o que poderia ser um alívio por encerrar um jejum vem com insistência no desacerto com Mano.

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– Eu precisava voltar a marcar gol e sentir que sou importante. Estava há muito tempo sem fazer gol. Trabalho, a cada dia, fazendo o que sei fazer, mas, muitas vezes, não dá para fazer no jogo. O Mano me fala que, muitas vezes, o estilo de jogo do Palmeiras agora não ajuda muito meu estilo. Trabalho para melhorar e encaixar um pouco mais - afirmou Borja .

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