O Corinthians tem sido protagonista em um aspecto que nenhum clube gostaria de se destacar: dívidas. Naturalmente, o problema financeiro atual que mais preocupa o Timão é a renegociação do débito com a Caixa Econômica Federal, referente ao financiamento para a construção de seu estádio. No entanto, outras despesas surgiram nos últimos dias, evidenciando que a situação do clube do Parque São Jorge está longe de ser tranquila.
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Na semana passada, dois casos vieram à tona, envolvendo empresas que acionaram o Corinthians na Justiça. Uma delas é a Vitalcred – fabricante de máquinas de cartão de crédito e débito. A companhia cobra uma multa no valor de R$ 480 mil referente a quebra de contrato por parte do clube paulista. A Vitalcred assinou um contrato de licenciamento com o Timão em dezembro do ano passado, mas o vínculo entre as partes foi desfeito pelo fato de o clube ter fechado acordo com um outro patrocinador, o Banco BMG.
Quem também acionou o Corinthians na Justiça foi a empresa que representa o jogador Juninho Capixaba , lateral-esquerdo que pertence ao clube, mas que está emprestado ao Grêmio. A Adriano Sports Assessoria Esportiva alega que o Alvinegro deve R$ 210 mil, mais multa de 5%, pela falta de pagamento dos direitos de imagem do atleta.
Mas as cobranças não param por aí. Há alguns dias, o Corinthians e o ex-jogador Ronaldo foram condenados a pagar uma indenização ao empresário Paulo Sérgio Pereira da Cruz Palomino, que intermediou o acordo de patrocínio da Hypermarcas com o clube, na época em que Ronaldo jogou pelo Timão. Palomino teria o direito de receber 10% do valor que a equipe paulista ganhou da Hypermarcas pela veiculação do patrocínio na camisa. Embora ainda não tenha sido estipulada, estima-se que a indenização deva girar em torno de R$ 4 milhões.
Recentemente, também chamou a atenção o fato de o Alvinegro ter sido processado pela Tejofran , empresa responsável pelos serviços de limpeza e segurança da Arena Corinthians até agosto de 2018. A companhia cobra uma dívida de R$ 5,2 milhões do clube.
Arena
Após ser notificado pela Caixa sobre a execução da dívida de cerca de R$ 500 milhões referente ao financiamento de seu estádio, e de ver o banco pedir o bloqueio online das contas da Arena Itaquera S/A, o Corinthians tenta se defender na Justiça e procura uma reaproximação com a Caixa, no intuito de renegociar o débito.
O empréstimo do Corinthians junto à Caixa foi de R$ 400 milhões. Segundo o Timão, R$ 170 milhões já foram pagos e, considerando juros e correções, a dívida atual é de R$ 487 milhões. Para a Caixa, no entanto, os valores são diferentes. O banco cobra um total de R$ 536 milhões.