O América Mineiro emprestou sua Sede Administrativa na segunda feira, dia 17 de setembro, para a realização de um debate sobre Transexualidade no Esporte . O evento é uma iniciativa do Instituto Mineiro de Gestão, Marketing e Direito de Desportivo (IMDD).
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Anunciado no site oficial do América Mineiro , o evento terá um fórum de discussão sobre a inclusão e a participação de atletas transexuais nas competições de alto rendimento. Serão discutidas questões sociais, médicas e jurídicas da inclusão de atletas transexuais.
A mesa terá participação de médicos, advogados, atletas e representantes de órgãos públicos como Gisella Lima, assessora técnica da Coordenadoria Especial de Políticas de Diversidade Sexual da Secretaria de Estado de Direitos Humanos.
“A ideia surgiu com alguns membros do IMDD, que viram a necessidade de debater temas modernos e atuais do direito desportivo, especialmente os que envolvem ideologia de gêneros, inserção social e, ao mesmo tempo, paridade de condição de competição e qualidade de eventos esportivos”, explica Gustavo Lopes Pires de Souza, presidente do IMDD.
Segundo Gustavo, a ideia do evento é criar um espaço de debate para que a sociedade caminhe em busca de uma solução plausível e livre de preconceitos “A grande intenção do evento é promover um debate apresentando os prós e os contras. Diante de todo esse debate, queremos que a sociedade tire conclusões em busca de uma solução técnica e científica, despida de preconceitos”, completa.
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Apoiado pelo América, o evento acontecerá das 19h às 22h30, no auditório da Sede Administrativa do Clube, localizada no Piso G1 do Shopping Boulevard. Os ingressos custam entre R$ 5 e R$ 15 e estão sendo vendidos no site da Sympla. No Twitter, o América-MG foi elogiado pela atitude.
A importância do debate promovido pelo América Mineiro
No debate apoiado pelo América-MG, duas jogadores do vôlei participarão da mesa: Amanda Rodrigues, atleta amadora e Ana Paula Henkel, atleta profissional e medalhista olímpica. Talvez seja pela repercussão que Tiffany Abreu, de 34 anos, causou na Superliga Feminina .
A jogadora do Vôlei Bauru foi a primeira mulher trans a disputar uma partida oficial do campeonato nacional de vôlei. E gerou discussões sobre a inclusão de transgêneros nos esportes pela diferença fisiológica de força em relação a suas colegas.
Em janeiro deste ano, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) , se manifestou favorável a manutenção de atletas transexuais no esporte. Além disso, a entidade se comprometeu a ‘estudar melhor a questão’, seguindo condições estabelecidas pelo Comite Olímpico Internacional (COI).
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A importancia do debate promovido pelo América Mineiro está em entender melhor como funciona a inclusão no esporte. De acordo com regras do COI, homens trans podem participar de competições masculinas sem restrições. Já mulheres trans precisam preencher quatro condições para disputar competições femininas:
- Declarar ser do gênero feminino (reconhecimento civil que não pode mudar por no mínimo quatro anos para efeitos esportivos)
- Ter nível de testosterona menos que 10 nanomol/l nos 12 meses anteriores ao primeiro jogo
- Manter o nível de testosterona menor que 10 nanomol/l durante o período elegível para competir
- Ser submetidas a testes frequentes para monitorar o nível testosterona.