O Cruzeiro derrotou o Flamengo por 5x3 nos pênaltis, após empate em 0x0 no tempo normal no Mineirão, e se sagrou campeão da Copa do Brasil de 2017. O jogo decidiu o título após o empate em 1x1 no Maracanã pelo jogo de ida. Um dos maiores destaques do Rubro Negro na temporada, o meia Diego perdeu sua cobrança, parando em bela defesa do goleiro Fábio, que aumenta ainda mais se status como um dos grandes ídolos da história do Cruzeiro.
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O título deste ano é o quinto do Cruzeiro na competição, que já conquistou a taça nos anos de 1993, 1996, 2000, 2003. Ao lado do Grêmio, campeão do ano passado, a Raposa é o maior campeã da história da Copa do Brasil .
A partida começou bastante estudada, com as duas equipes tocando a bola com tranquilidade. Logo aos cinco minutos de jogo, Mano Menezes foi obrigado a fazer a primeira mudança. O atacante Raniel, que já substituia o suspenso Rafael Sóbis, sentiu as duas coxas e teve que deixar o gramado. O treinador colocou Arrascaeta no jogo. No minuto seguinte, o Fla teve a primeira chance da partida: Guerrero cobrou falta com precisão, mas acabou acertando o travessão de Fábio.
Com uma linha de três meias formada por Arrascaeta, Thiago Neves e Robinho, o time da casa tinha uma proposta de jogo de pouca velocidade e muita precisão, entregando a bola ao adversário e apostando em contra ataques. O Flamengo, por sua vez, começou a se soltar na partida, apostando nas rapidez de Berrío e Everton pelas pontas.
As primeiras chances do Cruzeiro vieram antes dos 15 minutos, ambas com Arrascaeta. Primeiro, aos 13 minutos, ele aproveitou rebatida de Willian Arão e finalizou da entrada da área para fora. No minuto seguinte, o uruguaio fez bela jogada pela esquerda e serviu Thiago Neves, que bateu por cima do gol da esquina da pequena área.
Tentando sair na velocidade, o Flamengo não conseguia vencer a boa marcação cruzeirense e ainda abusava dos erros. Aos 25 minutos, Arão entregou a bola de graça para Robinho na saída de bola. O meia avançou pela direita e serviu Arrascaeta, que bateu à direita do gol defendido por Muralha.
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Após os 30 minutos, a equipe de Reinaldo Rueda começou a imprimir melhor seu ritmo de jogo, com menos erros de passe e mais volume ofensivo. Apesar disso, a marcação da equipe da casa continuava precisa, não deixando o time flamenguista assustar o goleiro Fábio. As equipes foram para o vestiário após uma primeira etapa disputada, mas de poucas chances claras de gol.
No intervalo da partida, Mano Menezes perdeu mais um titular. Robinho, também com dores na coxa, não voltou para o segundo tempo, sendo substituído por Rafinha. A entrada do jovem mudou novamente a maneira da Raposa jogar. Mais veloz e jogando em casa, o Cruzeiro começou a tomar conta do jogo, ficando mais tempo com a bola e rondando a área adversária.
O Flamengo, por sua vez, manteve sua postura ofensiva e, apesar de ficar menos tempo com a bola, seguia apostando nas jogadas em velocidade pelas laterais. Aos 18 minutos, Diego chutou de fora da área e obrigou Fábio a fazer boa defesa. Aos 23, o camisa 10 do Fla cobrou falta para dentro da área e o goleiro cruzeirense fez boa intervenção e tirou a bola da área.
O segundo tempo era mais elétrico, com os dois times se agredindo, mas as chances reais de gol eram ainda mais escassas. Mérito de duas defesas atentas e bem postadas somado ao desempenho não tão inspirado das estrelas ofensivas das duas equipes. Aos 30 minutos, Mano Menezes se viu obrigado a fazer sua terceira substituição por conta de lesão. Alisson, com cãibras, deu lugar a Élber.
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Aos 33, a Raposa teve sua melhor chance no jogo: Thiago Neves cruzou da esquerda e Muralha deu um tapa na bola, que voltou na cabeça da Arrascaeta, de frente para o gol vazio. O uruguaio não teve tempo de ajeitar o corpo e acabou cabeceando para fora.
Com Paquetá no lugar de Everton o Rodinei na vaga de Berrío, o Flamengo não conseguia manter o ritmo nos minutos finais do jogo, e começava a aceitar a pressão do adversário. Aos 42, no entanto, Diego afastou do campo de defesa e Guerrero dominou na ala esquerda. Isolado no campo de ataque, o peruano conseguiu se livrar de dois adversários e finalizar da entrada da área. Fábio voou e fez grande defesa. Essa foi a chance derradeira da partida, que terminou com o placar inalterado. Após o empate nos dois jogos, o título foi para a decisão nos pênaltis.
Disputa de pênaltis
Após um jogo nervoso, as equipes foram para a disputa de penalidades. Henrique, pelo Cruzeiro e Guerrero, pelo Flamengo, abriram as cobranças e acertaram o gol. Os zagueiro Léo e Juan também marcaram. Na terceira cobrança, Hudson acertou para o Cruzeiro, mas o craque Diego parou em bela defesa do goleiro Fábio, que voou no canto direito para espalmar.
Diogo Barbosa cobrou no ângulo e aumentou a vantagem da Raposa. Trauco acertou pelo Flamengo e diminuiu a diferença, mas Thiago Neves, o grande craque cruzeirense na temporada, bateu o pênalti derradeiro e deu o pentacampeonato da Copa do Brasil para o time celeste. Criticado, o goleiro Alex Muralha chamou a atenção por pular somente para um lado nas cinco cobranças.