Embora tenha tido repercussão menor que as edições anteriores, a Copa das Confederações de 2017, disputada na Rússia, serviu para duas coisas: comprovar a força do futebol alemão dentro de campo e mostrar que o árbitro de vídeo veio para ficar.
Leia também: Alemanha suporta pressão chilena e fatura Copa das Confederações pela 1ª vez
Já pensando na Copa do Mundo de 2018, quando defenderá seu título mundial, a seleção germânica levou uma espécie de "time B" para Copa das Confederações e ainda assim conseguiu manter o padrão de jogo e o futebol eficiente que caracterizam a equipe de Joachim Löw.
Draxler, eleito o melhor jogador
Sem seus principais pilares, como Neuer, Hummels, Boateng, Khedira, Müller, Kroos e Özil, por exemplo, a Alemanha apostou na juventude de Draxler, de 23 anos, eleito o melhor jogador da competição, Goretzka (22) e Timo Werner (21) para conquistar um título inédito.
O curioso é que essa estratégia acabou desfalcando a seleção alemã no Campeonato Europeu Sub-21, cuja fase final permite jogadores com até 23 anos de idade. E, mesmo assim, os germânicos foram campeões do torneio de base na última sexta-feira
A campanha da Alemanha na Copa das Confederações teve quatro vitórias e um empate, além de 12 gols marcados e cinco sofridos. Do lado derrotado, o Chile , campeão das últimas duas edições de Copa América, mostrou que continua competitivo mesmo após a saída de Jorge Sampaoli - o único gol da final foi marcado em função de um erro individual de Marcelo Díaz.
Confira os resultados de todos os jogos da Copa das Confederações 2017
A grande decepção, ao menos para os torcedores locais, foi a Rússia, que venceu apenas a frágil Nova Zelândia e caiu ainda na fase de grupos, ficando atrás de Portugal e México. Em 2018, correrá o risco de se juntar à África do Sul no exclusivo rol de anfitriões eliminados na primeira fase da Copa do Mundo.
Arbitragem de vídeo
A maior novidade da Copa das Confederações foi a introdução do "árbitro auxiliar de vídeo" (VAR, na sigla em inglês), sistema que já havia sido testado no Mundial de Clubes do ano passado e que estará presente na Copa do Mundo de 2018.
Árbitro de vídeo na Copa das Confederações
O recurso serviu para evitar alguns erros da arbitragem, mas houve também decisões confusas e demora na resposta dos juízes, causando certo anticlímax nas comemorações. Contudo, de uma forma geral, o VAR foi avaliado de maneira positiva pela Fifa, que tem um ano para aperfeiçoá-lo.
Por outro lado, a entidade e a Rússia podem comemorar o fato de o racismo e a violência, dois problemas crônicos do futebol no país, terem ficado longe das arquibancadas.
Leia também: Sobrou alguém? Clube nigeriano manda embora 40 jogadores de uma só vez
Existe a possibilidade de essa ter sido a última edição de Copa das Confederações, já que a Copa do Mundo de 2022, no Catar, será no fim do ano, e os clubes europeus dificilmente aceitarão liberar jogadores por um mês em pleno meio de temporada em 2021. Depois disso, o Mundial terá 48 seleções e provavelmente mais de uma sede.