Após 28 anos, seis pessoas foram indiciadas formalmente pela tragédia de Hillsborough , que deixou 96 torcedores do Liverpool mortos no dia 15 de abril de 1989. O caso ocorreu no estádio de Sheffield, na partida entre Liverpool e Nottingham Forest, pela semifinal da Copa da Inglaterra.
Leia também: Manchester United bate recorde e é o clube mais valioso da Europa
O ex-comandante da South Yorkshire Police David Duckenfield responderá por homicídio involuntário por grave negligência na morte de 95 das 96 pessoas. Já o inspetor da polícia Norman Bettison responderá por "má conduta" por ter mentido nas semanas sucessivas à tragédia .
Leia também: Técnico português José Mourinho é acusado de fraude fiscal na Espanha
Já os policiais Alan Foster e Donald Denton serão processados por tentar atrapalhar as investigações, mesma acusação impetrada contra Peter Metcalf, procurador de Justiça. O ex-secretário do estádio Graham Mackrell, por sua vez, será julgado por crimes contra a segurança dos torcedores.
Leia também: Gabriel Jesus é eleito segundo melhor jogador jovem do mundo; veja lista
No ano passado, o caso foi reaberto pela Justiça por considerar que os 96 mortos foram vítimas de homicídio. Ao todo, 15 pessoas estavam sendo investigadas por falhas que ocasionaram a morte dos torcedores, vítimas de pisoteamento e sufocamento. Para a acusação, a Polícia cometeu erros tanto no planejamento da segurança como no dia do jogo ao abrir os portões para uma multidão.
Lembranças e homenagens
Em 2009, o Liverpool relembrou os 20 anos do incidente naquela ocasião. Às 15h06 locais (11h06 de Brasília), momento exato em que o árbitro decidiu parar a partida, as pessoas presentes nas arquibancadas do estádio de Anfield Road lembraram o fato com dois minutos de silêncio, seguido por 96 badaladas dos sinos das igrejas da cidade.
Parte dos torcedores presentes ao estádio de Anfield Road vaiou o ministro da Cultura, Andy Burnham, que representou o premiê britânico, Gordon Brown.
Burnham lembrou que a tragédia mudou a história do futebol inglês e representou o fim de uma era de "mau tratamento" aos torcedores, contribuindo para que o esporte seja hoje um espetáculo "mais seguro".