Na última semana, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi estiveram nas manchetes jornalísticas por um motivo diferente: problemas com a Justiça da Espanha . As duas maiores estrelas do futebol mundial, porém, não são os únicos jogadores que se envolveram com problemas junto ao fisco espanhol. Abaixo, veja oito casos de sonegação de atletas que se tornaram públicos recentemente.
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Lionel Messi
A Suprema Corte da Espanha manteve, na última quarta-feira, a sentença de 21 meses de prisão para o argentino , melhor jogador de futebol do mundo em cinco vezes, que sonegou do tesouro espanhol um total de 4,1 milhões de euros (cerca de R$ 15 milhões) entre os anos de 2007 e 2009 - neste período, o craque não declarou cerca de 10,1 milhões de euros recebidos em seu direito de imagem, o que giraria em torno de R$ 37 milhões.
Cristiano Ronaldo
Logo após o anúncio, a Agência Tributária da Espanha informou que o português atacante do Real Madrid deixou de pagar cerca de 9 milhões de dólares (pouco mais de R$ 29 milhões, entre os anos de 2011 e 2014, também referente aos seus direitos de imagem.
Embora o relatório oficial indicar que o Gajo regularizou sua situação, o jornal espanhol "El Mundo" indicou que a fraude seria de fato de 16 milhões de dólares (aproximadamente R$ 52 milhões). Apesar da denúncia, o português ainda aguarda para saber se a Justiça de Madri abrirá uma dennúncia penal.
Neymar
A situação do brasileiro é uma das mais complexas. Em maio deste ano, um juiz decidiu denunciar o próprio Neymar, seus pais, o atual presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu, seu antecessor, Sandro Rosell, preso na última semana , além do clube catalão e do Santos.
O promotor da Audiência Nacional, José Perals, exigiu dois anos de prisão para o craque e mais 10 milhões de dólares (R$ 32 milhões) de multa por ter a intenção de esconder os valores reais de sua transferência do Santos ao Barcelona, em 2013.
A compra de Neymar pelo Barça foi oficialmente anunciada por 78 milhões de dólares (R$ 254 milhões), mas depois de uma denúncia do grupo empresarial DIS, que detinha os direitos do passe do jogador de 25 anos, foi descoberto que a negociação foi fechada, na verdade, em pouco menos de 100 milhões de dólares (R$ 326 milhões).
Alexis Sánchez
O atacante de 28 anos, em janeiro deste ano, admitiu ter fraudado o fisco espanhol em mais de 1 milhão de dólares (R$ 3,2 milhões), referente aos seus direitos de imagem, entre 2012 e 2013, quando ele defendia as cores do Barcelona.
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Um mês depois, o chileno do Arsenal disse à Justiça da Espanha que regularizou sua situação fiscal, no entanto, o processo não foi finalizado e ele pode receber uma sentença semelhante, mas menor, do que a de Lionel Messi.
Javier Mascherano
O defensor argentino do Barcelona já foi condenado em janeiro deste ano a 12 meses de prisão por fraudar o fisco espanhol, mas para não ser deitod, ele pagou uma multa de 800 mil euros (R$ 2,9 milhões). No mesmo mês, o jogador reconheceu ter sonegado mais de 1,6 milhões de dólares (R$ 5,2 milhões) para o Tesouro entre 2011 e 2012, o que também corresponde aos seus direitos de imagem.
Mesut Özil
O meio-campista hoje jogador do Arsenal pagou, em dezembro de 2016, mais de 3,1 milhões de dólares (mais de R$ 10 milhões) ao fisco espanhol para regularizar sua situação. Ele sonegou impostos entre 2011 e 2013, quando atuava pelo Real Madrid. O alemão transferiu à época os seus direitos de imagem para a empresa Özil Marketing, que tem como acionistas seu irmão Mutlu e, por isso, escapou dos impostos espanhóis.
Radamel Falcao Garcia
Outro que foi alvo do Ministério Público espanhol foi o colombiano jogador do Monaco. Ele deixou de pagar 5,66 milhões de euros (R$ 20,6 milhões) entre 2012 e 2013, quando era jogador do Atlético de Madri. Na ação feita contra o atacante de 31 anos, é dito que, após sua transferência para o Atléti, em 2011, a declaração de imposto de renda teve falhas com a intenção de obter um benefício fiscal ilegal.
Fabio Coentrão
O português de 29 anos foi denunciado por fraudar do fisco espanhol 1,29 milhões de euros (R$ 4,7 milhões) entre os anos de 2012 e 2014. Em 2011, o defensor assinou um contrato em que simulava a transferência dos seus direitos a empresa Rodinn Company, que tem sede no Panamá, país conhecido como um paraíso fiscal.
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Em julho do mesmo ano, no entanto, a empresa trasnferiu os direitos de Coentrão para uma empresa chamada Multisports & Image Management Limited, com sede na Irlanda. Quando foi contratado pelo Real Madrid em 2012, o jogador de futebol manteve uma sociedade com o fim de permanecer obscuros os seus direitos de imagem para com o fisco.