Dois dias depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o goleiro Bruno Fernandes se entregou na tarde desta quinta-feira à delegacia regional de Varginha, onde fica o Boa Esporte e onde ele mora com a esposa Ingrid Calheiros, e foi preso. O Tribunal do Júri de Contagem, em Minas Gerais, havia expedido nesta manhã o mandado de prisão e encaminhado à Comarca da cidade.

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A comunicação oficial do STF sobre a revogação da liberdade do goleiro Bruno chegou nesta manhã no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande Belo Horizonte. Depois disso, houve um despacho do juiz responsável pela expedição do mandado.

O goleiro Bruno chegou a ir até uma delegacia na última terça-feira para assinar certidão onde se comprometeu a se entregar após mandado
Reprodução/TV Alterosa
O goleiro Bruno chegou a ir até uma delegacia na última terça-feira para assinar certidão onde se comprometeu a se entregar após mandado

O advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, havia dito que o jogador estava no aguardo apenas da expedição do documento para se entregar às autoridades. Por este motivo, Bruno volta à prisão para continuar a cumprir sua pena, de 22 anos e três mesos pelo crime de sequestro, assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio.

A decisão

Formada por cinco ministros, a Primeira Turna do Supremo Tribunal Federal, (STF) decidiu na última terça-feira revogar a liminar de liberdade do arqueiro. Por 3 votos a 1, os ministros derrubaram uma decisão de fevereiro do ministro Marco Aurélio Mello, que havia determinado a liberdade do atleta. Com isso, Bruno ficará na cadeia enquanto aguarda o processo ser julgado em Segunda Instância.

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O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que afirmou que a liminar deveria ser revogada porque o processo demorou para ser analisado em Segunda Instância em razão dos recursos apresentados pela defesa do goleiro Bruno , que estariam adiando o julgamento. Além disso, Janot pediu que os ministros indefiram o habeas corpus, que está pronto para ser julgado em definitivo.

O caso

Bruno foi preso em 2010 e, no dia 8 de março de 2013, condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, que desapareceu em 2010 e não teve o corpo encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho que Bruno sequestrou e manteve em cárcere privado. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconheceu a paternidade, já que ela era sua amante.

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A condenação do goleiro Bruno ficou dividida da seguinte forma: 17 anos e seis meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver.

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