"Força, Milan". Com esta expressão, o novo proprietário e presidente do clube italiano, o empresário chinês Yonghong Li, concluiu na última sexta-feira seu primeiro discurso e apresentou as principais metas do time. O grupo chinês finalizou a compra nesta semana.
Leia também: Grupo chinês finaliza processo de compra do Milan por R$ 2,4 bilhões
"Este glorioso clube dá início a um novo capítulo. O sucesso desta transição só foi possível graças ao profundo amor dos torcedores do Milan e pelo esforço de todos os parceiros envolvidos. Agradeço a Berlusconi (ex-primeiro-ministro italiano e ex-proprietário do time) e ao grupo Fininvest pela confiança depositada em nós", disse o chinês.
Sobre mudanças no elenco milanês, a nova direção do time disse que dará prioridade para a renovação do contrato do goleiro Donnarumma. Em seguida, tentará formar uma boa equipe com o técnico Vincenzo Montella e garantir uma vaga na Liga Europa, mas o objetivo final é recolocar o Milan o quanto antes na Liga dos Campeões.
"Com passos pequenos, podemos ficar entre os cinco melhores clubes do mundo", disse Yonghong Li.
Leia também: "Foi o pior dia da minha vida", diz Bartra sobre atentado ao ônibus do Dortmund
Os novos dirigintes do clube também falaram à imprensa italiana que Berlusconi está pronto para dar qualquer tipo de suporte nessa nova fase. "No jantar, conversamos muito e ele me disse que, independentemente da situação, quando o Milan precisar dele, estará sempre pronto para dar seu máximo apoio", disse Yonghong Li.
Uma das filhas de Berlusconi, Barbara, permanecerá ligada ao Milan, notícia que tomou toda a imprensa esportiva de surpresa. "Ela continuará ainda como presidente da Fundação Milan", anunciou Marco Fassone.
Protestos
Neste sábado, o Milan enfrentou a Inter de Milão no tradicional clássico italiano - a partida terminou 2 a 2, com direito a gol no último lance - e os torcedores do clube protestaram por conta do horário da partida, ajustado para agradar aos fãs chineses - o duelo começou 12h30, no horário local, e 7h30, horário chinês.
Leia também: Iraquiano não possui ligação com ataque ao Borussia, diz polícia alemã
De forma sarcástica, os torcedores do Milan escreveram em uma bandeira "Tudo que pode comer" junto a um desenho de um homem sendo forçado a comer comida chinesa. Abaixo, outra faixa. "Bom apetite, Liga Italiana", em referência ao horário, alterado para agradar o público asiático. O maior problema é que o horário do almoço é quase sagrado na Itália, ainda mais em meio a um sábado de Páscoa, importante feriado em um país quase que completamente católico.