O zagueiro espanhol Marc Bartra foi o único jogador do Borussia Dortmund que ficou ferido após a explosão de três bombas perto do ônibus do time, na última terça-feira. Nesta sexta-feira, ele publicou uma imagem em seu Instagram e agradeceu o apoio dos companheiros e dos torcedores, pediu paz no mundo e afirmou ter passado durante os piores e mais longos 15 minutos de sua vida.
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"Quero dizer que o susto desses dias está diminuindo cada vez mais, somado ao desejo de viver, lutar, trabalhar, rir, chorar, sentir, querer, acreditar, jogar, treinar, seguir aproveitando minha gente, meus companheiros, minha paixão", escreveu Bartra .
"A única coisa que peço, a única, é que todos possam viver em paz. Obrigado aos doutores, enfermeiros, fisioterapeutas e pessoas que me ajudaram a me recuperar para que tudo fiquei perfeito. Também a milhões e milhões de pessoas, imprensa, organizações de todo tipo, ao Borussia, e companheiros, que me enviaram apoio e carinho", continuou.
O zagueiro do Borussia foi operado horas depois do atentado e ficará longe dos gramados por pelo menos quatro semanas, conforme indicou o técnico Thomas Tuchel.
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Ainda não se sabe quem foi o autor dos ataques e as autoridades alemãs mantêm todas as vias de investigação abertas, após a Procuradoria Federal não encontrar vínculos entre o ataque e um iraquiano que foi preso na quarta-feira. A pista sobre um atentado jihadista está mantida, mas também não está descartada uma autorida ultradireitista, como da esquerda radical ou até mesmo de torcedores violentos.
Junto ao ônibus, a polícia encontrou três bilhetes que pediam a retirada dos aviões alemãoes da coligação internacional que tem combatido a Síria e fechasse a base de Ramstein (sudoeste), a maior dos Estados Unidos na Europa. Os especialistas em segurança e o próprio Ministério do Interior advertiram que nem a linguagem e nem a via de comunicação escolhida são os habituais do jihadismo.
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"Hoje volto a receber no hospital a visita mais feliz. Elas são tudo, a razão pela qual sempre luto para superar os obstáculos, e este foi o pior da minha vida, uma experiência que não desejo para ninguém neste mundo. A dor, o pânico e a incerteza de não saber o que está acontecendo, nem quanto tempo poderia durar. Foram os 15 minutos mais longos da minha vida.
Por tudo isto quero dizer que o susto desses dias está diminuindo cada vez mais, somado ao desejo de viver, lutar, trabalhar, rir, chorar, sentir, querer, acreditar, jogar, treinar, seguir aproveitando minha gente, meus companheiros, minha paixão. De defender, de sentir o cheiro do gramado antes das partidas e ganhar motivação. De ver a arquibancada cheia de gente que amam nossa profissão, gente boa que só quer sentir emoção para esquecer do mundo em que vivemos, cada vez mais louco.
A única coisa que peço, a única, é que todos possam viver em paz.
Nestes dias, quando vejo meu braço, inchado, sabe o que sinto? Orgulho. Pensando que todo o mal que queriam fazer na terça terminou com isso.
Obrigado aos doutores, enfermeiros, fisioterapeutas e pessoas que me ajudaram a me recuperar para que tudo fiquei perfeito. Também a milhões e milhões de pessoas, imprensa, organizações de todo tipo, ao Borussia, e companheiros, que me enviaram apoio e carinho. Por menor que seja, me deu muita força para seguir adiante."
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Ainda sem Marc Bartra, o Borussia Dortmund precisará reverter a vantagem do Monaco, que venceu a primeira partida por 3 a 2, na Alemanha, na próxima quarta-feira, dia 19, às 15h45.