O Ministério da Justiça do Timor-Leste, ex-colônia portuguesa situada no sudeste da Ásia e que tem o português como sua língua nativa oficial, suspendeu os passaportes de nove jogadores brasileiros que defendiam a seleção nacional.
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O anúncio foi feito pela AFC (Confederação Asiática de Futebol), após ter recebido a confirmação do governo timorense por meio da embaixada do país na Malásia. Os brasileiros em questão são: Diogo Santos Rangel, Felipe Bertoldo, Jairo Neto, Júnior Aparecido Guimaro de Souza (Juninho), Patrick Fabiano, Paulo César da Silva Martins, Paulo Helber, Ramon Saro e Rodrigo Souza Silva.
Seus passaportes foram considerados "nulos e sem efeito", sendo que eles não poderão mais ser registrados em nenhuma competição sob a bandeira do Timor-Leste, cuja seleção já havia sido proibida pela AFC de participar da Copa da Ásia de 2023 devido a um escândalo de documentos falsos envolvendo brasileiros.
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Informação inverídica
As certidões de nascimento desses atletas indicavam que um de seus pais havia nascido no país asiático, o que lhes credenciaria para defender a seleção local. A investigação apontou a inveracidade dessa informação. Atualmente, o Timor-Leste ocupa a 194ª posição no ranking da Fifa (de um total de 209 equipes) e já está fora da disputa por uma vaga na Copa do Mundo de 2018.
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Os nove brasileiros com passaportes suspensos defenderam a seleção timorense entre 2014 e 2015, mas não foram convocados para nos últimos jogos que a equipe fez por conta desse escândalo.
Além de jogadores em campo, a seleção timorense de futebol contou com vários brasileiros no comando de 2002 para cá, quando o país tornou-se independente. Entre eles, Clodoaldo, Antônio Carlos Vieira, Emerson Alcântara e o último deles foi Fernando Alcântara. Fora isso, a seleção asiática nunca participou de uma Copa do Mundo e nem de Copas da Ásia. A campanha de maior destaque aconteceu nos Jogos da CPLP (Comunidade dos Países de Língua POrtuguesa), em 2012, quando conquistou a medalha de prata.