A Justiça do Egito, através da Corte de Cassação do país, determinou a pena de morte para dez pessoas envolvidas na tragédia ocorrida no estádio de Port Said, em 2012, que matou 74 pessoas. A defesa dos culpados não poderá recorrer, uma vez que a decisão é irrevogável. Os familiares das vítimas comemoraram a decisão nas ruas de Cairo.
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Muitas das mortes no clássico entre Al-Masry e Al-Ahly acabaram acontecendo quando torcedores tentavam fugir do estádio enquanto organizados do Al-Masry invadiam o gramado após o jogo. E foram essas pessoas responsáveis pela baderna que foram consideradas culpadas e julgadas à pena de morte .
A Corte de Cassação também sentenciou dez pessoas a 15 anos de prisão, outros 14 envolvidos a dez anos de reculsão e, por fim, 15 pessoas com pena de cinco anos. Esses 44 homens são acusados de assassinato e tentativa de assassinato. Entre aqueles que foram punidos com cinco está o ex-chefe de polícia de Port Said.
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Banidas dos estádios
As torcidas organizadas egípcias acabaram sendo banidas dos estádios do país em maio de 2015, sendo que a relação entre essas agremiações e a polícia local se tornou complicada nos últimos quatro anos. Além dos insultos da torcida do Al-Ahly aos donos da casa no clássico, torcedores partidários de Hosni Mubarak, deposto após 18 dias de protestos em massa, também contribuíram para a tragédia ao se rebelarem em Port Said.
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Probida no Brasil, a pena de morte é legalizada no Egito. A primeira sentença de morte cumprida no país aconteceu em 2015. Foi o enforcamento a um apoiador do ex-presidente Mohamed Morsi, deposto em 2013 e que desejava impor um estado islâmico dentro do território nacional.