As irregularidades com a empresa aérea LaMia não param de aparecer depois do acidente com a delegação da Chapecoense, perto de Medellín, que matou 71 pessoas e deixou apenas seis sobreviventes. De acordo com o jornal boliviano "Sol de Pando", o elenco do Atlético Nacional, que seria justamente o adversário da Chape na final da Copa Sul-Americana, arrecadou dinheiro para comprar combustível para uma aeronave da companhia.
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Segundo a publicação, os atletas da equipe colombiana juntaram 3 mil dólares (cerca R$ 10 mil) no dia 1º de novembro, após o empate diante do Cerro Porteño, no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, para voltar à Medellin com o avião da LaMia .
"Os mesmos jogadores da equipe colombiana a bordo fizeram uma coleta de dinheiro ali mesmo para levantar 3 mil dólares, que foi o preço desse combustível adicional", diz a reportagem. O reabastecimento aconteceu no aeroporto de Cobija, ao norte da Bolívia.
Vale ressaltar que a causa da tragédia no voo da Chapecoense foi pane seca. O avião ficou sem combustível antes de chegar ao destino e caiu a poucos quilômetros da pista do aeroporto.
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A publicação boliviana ainda mostrou fotos onde aparecem os jogadores do Atlético Nacional junto com o empresário venezuelano Ricardo Albacete, um dos donos do avião. Segundo fontes ouvidas pelo "Sol de Pando", o empresário se recusou a fazer o depósito para pagar a compra de combustível, por isso os atletas tiveram que o dinheiro entre eles.
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Mesmo avião da Chape
O mesmo avião da LaMia foi utilizado pela Chapecoense na viagem para Medellín, saindo de Santa Cruz de la Sierra, mas o trajeto não foi concluído. A aeronave caiu na madrugada do dia 29 de novembro no Brasil, ainda noite do dia 28 na Colômbia, matando 71 pessoas entre jogadores, dirigentes, comissão técnica, jornalistas e tripulação. Os sobreviventes foram o lateral-esquerdo Alan Ruschel, o zagueiro Neto, o goleiro Jackson Follmann, o jornalista Rafael Henzel, a comissária de bordo Ximena Suárez e o técnico de aeronave Erwin Tumiri.