Último sobrevivente da tragédia da Chapecoense a ser resgatado dos destroços do avião e também a retornar ao Brasil, o zagueiro Neto segue se recuperando e as notícias são cada vez melhores. Edson Stakonski, médico do clube, afirmou que o atleta pode voltar a jogar futebol em alto nível e profissionalmente, mesmo após quase morrer na Colômbia.
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"Ele é um lutador, porque ficou oito horas esperando para poder ser resgatado. Ele esteve muito mal há uns sete dias e em menos de uma semana estamos no Brasil", comentou Stakonski sobre Neto . "A volta ao futebol? A chance existe", completou, confirmando o que os médicos colombianos já haviam falado quando o atleta estava internado em Medellín.
"Venho informar com muita satisfação e felicidade que meu filho está cada vez melhor. Acaba de fazer uma cirurgia na perna e os médicos afirmam que voltará ao futebol. Agradeço as orações e continuemos com elas pois ainda precisamos de confirmações e alta para poder vê-lo de perto. E tenho que dominar minha ansiedade que é muita", disse o pai do jogador alguns dias depois do acidente.
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Sem previsão
Ainda de acordo com o médico da Chape, é difícil estipular uma previsão de retorno aos gramados, já que Neto sobreviveu a um acidente raro, com poucos parâmetros anteriores de comparação. "Esse acidente é um trauma cinético muito forte. Então, não se existe muita experiência sobre isso. De 71 mortos, somente seis sobreviveram. Isso é uma vitória muito grande", comentou Edson Stakonski.
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O defensor desembarcou em Chapecó na noite desta quinta-feira depois de mais de nove horas de viagem da Colômbia. Segundo o médico, o atleta demonstrou um certo medo ao embarcar novamente em um avião. "Ele reclamou de dores em alguns momentos. Como ele é muito alto, quase não cabia na maca. Mas conversamos bastante, ele me contou sobre a carreira de jogador, foi uma viagem agradável diante de tudo o que vivemos nessa fase".
Missão cumprida
Aos 31 anos de idade, Neto ficará internado no Hospital Unimed, em Chapecó, ainda sem qualquer previsão de alta. Neste local já estão o lateral Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel, enquanto o goleiro Follmann continua no hospital Albert Einstein, em São Paulo, devendo ser transferido para Santa Catarina nos próximos dias.
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"Quando cheguei na Colômbia, no mesmo dia do acidente, tínhamos o objetivo de trazer quem estivesse vivo, e cumprimos isso. Neto foi o último. Os seis sobreviventes saíram de lá, tanto os nossos quatro, quanto os dois tripulantes bolivianos", finalizou Stakonski.