As primeiras informações da Aeronáutica colombiana indicam que o acidente com o avião da empresa LaMia que levava parte do elenco, comissão técnica, dirigentes da Chapecoense, além de jornalistas, convidados e tripulantes, na última semana, foi causado por uma pane seca, isto é, falta de combustível suficiente para o trecho entre Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e Medellín, na Colômbia.
Apesar disso, Daniela Pinto, a esposa do piloto da empresa boliviana, Miguel Quiroga, uma das 71 vítimas fatais, em entrevista ao canal "Uno", da Bolívia, o defendeu e pediu que as pessoas parassem de criticá-lo, muito por conta dos filhos deixados.
"Que as pessoas entendam que o meu marido não é um monstro. Parem de atacar o meu marido, parem de falar do que não sabem. As pessoas não percebem, mas o meu marido deixou filhos que acessam as redes sociais", pediu Daniela Pinto.
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"Meu marido era um homem bom, nobre. Era uma pessoa capaz de tirar a camisa para dar a alguém que necessita", prosseguiu, muito emocionada.
Daniela Pinto ainda falou sobre as acusações recentes que ligam o piloto a um mandado de prisão na Bolívia por ter abandonado a Força Aérea e novamente saiu em defesa do marido.
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"O meu marido teve que sair por dois motivos: porque os salários eram baixos e porque uma ministra o ameaçava constantemente", finalizou.
O acidente
O avião com a delegação da Chapecoense que teria como destino a cidade de Medellín, na Colômbia, caiu pouco antes de pousar, matando 71 das 77 pessoas que estavam a bordo. O time jogaria a final da Copa Sul-Americana diante do Atlético Nacional. Entre as vítimas estão jogadores, membros da comissão técnica, diretoria, jornalistas e tripulação, caso do piloto Miguel Quiroga, que deixou a esposa e três filhos.