A boliviana Celia Castedo Monasterio, funcionária de controle de tráfego aéreo do seu país que autorizou a ida do avião da Chapecoense rumo à Colômbia mesmo tendo apontado problemas no plano de voo, viajou para o Brasil e pediu ajuda. A aeronave partiu de Santa Cruz de La Sierra e deveria ter feito uma parada técnica antes de chegar a Medellín.

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A boliviana foi processada pela Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia), que apresentou uma denúncia penal contra ela. A investigação é pelo "não cumprimento de deveres" e "atentado contra a segurança dos transportes". Ambos os casos podem levar a uma pena de um a quatro anos de prisão.

Celia Castedo Monasterio foi denunciada por autorizar o voo da Chapecoense
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Celia Castedo Monasterio foi denunciada por autorizar o voo da Chapecoense

O MPF (Ministério Público Federal) informou, em comunicado, que Celia Castedo buscou a Procuradoria da República em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, na última segunda-feira. O MPF disse que vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro.

De acordo informações da TV Globo, a boliviana solicitou refúgio no País.

Depois de toda tragédia que matou 71 pessoas perto de Medellín, Celia revelou que havia questionado um despachante da empresa aérea Lamia sobre alguns pontos do plano de voo, inclusive que o tempo de rota era igual ao tempo de autonomia da aeronave.

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As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas a principal hipótese é de que o avião tenha ficado sem combustível durante o voo a caminho de Medellín, onde a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional na primeira partida da final da Copa Sul-Americana.

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Suspensa das funções

Após o acidente, Tito Gandarillas, diretor da Aasana, foi exonerado do cargo. Já Celia Castedo Monasterio ficou suspensa de suas funções por suspeita de negligência. O objetivo da denúncia é saber por que a funcionária, que tem mais de 20 anos de experiência, autorizou um plano de voo que ela própria havia questionado.

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A polícia boliviana também investiga possíveis ligações entre a Lamia e a Conmebol, já que a empresa tinha amplo acesso a equipes sul-americanas, apesar de sua frota ter somente três aviões e da pouca experiência no mercado.

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