A tragédia sem precedentes com o avião da Chapecoense matou 71 pessoas, sendo que 19 eram jogadores do time catarinense. Com a perda desses atletas, sobraram apenas 11 nomes que estão registrados no BID da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e que ainda poderiam entrar em campo neste ano - o jogo da última rodada do Brasileirão contra o Atlético-MG, entretanto, não vai acontecer.
E mais: Brasileiro tira a camisa pela Chape e árbitro não dá amarelo: "Fingi que nem vi"
Alguns desses jogadores da Chapecoense escaparam da fatalidade por não terem sido relacionados pelo técnico Caio Júnior ou por estarem lesionados, enquanto outros não estava inscritos na Copa Sul-Americana. Eles participaram da homenagem às vítimas na Arena Condá, na quarta-feira passada, mesmo dia que a equipe jogaria na Colômbia diante do Atlético Nacional. Existem também os jovens da categoria de base, que eventualmente eram chamados para compor o elenco profissional.
Esses 11 nomes somam-se aos três sobreviventes da queda da aeronave na Colômbia: o lateral Alan Ruschel, o goleiro Follmann e o zagueiro Neto. Desses, Follmann não vai mais jogar futebol, já que teve uma parte da perna amputada, enquanto Alan e Neto têm boas chances de continuarem suas carreiras.
Veja fotos do emocionante e triste velório coletivo na Arena Condá:
Confira abaixo quem são os atletas que sobraram:
Nivaldo (goleiro)
O jogador de 42 anos de idade está na Chape desde 2007, parcipando das campanhas de acesso da Série D até a Série A. Nivaldo estava inscrito na Copa Sul-Americana como terceiro goleiro, mas ficou de fora da viagem a Medellín por imprevisto de última hora. Com 299 jogos completados pelo clube, ele decidiu se aposentar em 2017 e deve assimir algum cargo na diretoria.
Marcelo Boeck (goleiro)
Campeão do mundo pelo Inter, o arqueiro de 32 anos não estava inscrito na Sul-Americana, por isso não viajou. Chegou a ser titular algumas vezes com o treinador anterior, que era Guto Ferreira, mas com Caio Júnior havia perdido espaço. Seu contrato vai até o fim deste ano.
Demerson (zagueiro)
O experiente defensor de 30 anos de idade não viajou por opção do técnico Caio Júnior, que levou outros nomes para zaga. Demerson estava inscrito na competição pela Chapecoense, onde disputou apenas quatro partidas desde maio de 2016, quando foi contratado. Seu vínculo se encerra neste mês de dezembro.
Você viu? Seleção da Argentina correu mesmo risco da Chape e se "salvou" por 15 minutos
Rafael Lima (zagueiro)
Também aos 30 anos, o zagueiro não viajou por opção da comissão técnica, já que não está lesionado. Rafael Lima foi capitão da equipe em alguns jogos e estava inscrito na lista da Copa Sul-Americana. Ele está na Chape desde 2012 e seu contrato finaliza ao final deste ano.
Cláudio Winck (lateral direito)
O jovem atleta de 22 anos de idade não estava inscrito na Sul-Americana, por isso não viajou. Revelado no Inter, Winck ainda tem seus direitos federativos presos ao clube gaúcho e está emprestado à Chapecoense até o fim de 2016. Foram apenas nove jogos disputados nesta temporada.
Hyoran (meio-campista)
Jovem promissor de 22 anos, Hyoran tinha tudo para estar na viagem a Medellín, já que costumava jogar bastante com Caio Júnior - fez 36 partidas neste ano, com quatro gols anotados -, mas está com uma lesão no joelho e se salvou. Ele não vai permanecer na Chape em 2017, já que está vendido ao Palmeiras.
Moisés (meio-campista)
Com 25 anos de idade, Moisés tem contrato até o fim do ano e não sabe se continua - seu passe é preso ao Linense, de São Paulo, e ele estava no Avispa Fukuoka, do Japão, antes de chegar ao clube de Santa Catarina. Ele sofreu uma grave lesão no joelho no mês de junho e segue se recuperando, tanto que não estava inscrito na Sul-Americana.
Lucas Mineiro (meio-campista)
O jovem atleta de 20 anos foi revelado na própria Chapecoense e fez três jogos pelo time profissional neste ano, apesar de não estar inscrito na Copa Sul-Americana. Lucas ficou como opção no banco de reservas em alguns jogos do Campeonato Brasileiro.
Neném (meio-campista)
O experiente atleta de 34 anos está na Chape desde 2009, mas pouco atuou nesta temporada. Ele estava inscrito na Copa Sul-Americana e não vianjou por opção do treinador. Neném fez só nove jogos em 2016 e desde 2014 atua com contrato de produtividade: o vínculo atual se encerra em dezembro.
Foi por pouco: "Me salvei porque estava lesionado", diz Martinuccio, argentino da Chape
Martinuccio (meio-campista)
O meio-campista argentino de 25 anos também se recupera de uma lesão no joelho e ficou de fora da lista de relacionados. Martinuccio foi contratado no mês de março, com vínculo até o final de 2016. Ele atuou em 10 jogos nesta temporada e marcou apenas um gol.
Lourency (atacante)
O jovem atacante fez boas apresentações no Brasileirão, quase sempre entrando no segundo tempo, e ganhou espaço na temporada sob o comando de Caio Júnior. Entretanto, não viajou para Medellín por não estar escrito na Copa Sul-Americana. Aos 20 anos de idade, Lourency fez 19 jogos e marcou três gols pela equipe neste ano. E seu contrato com a Chapecoense acaba neste mês de dezembro.