Em novembro, a seleção argentina enfrentou o Brasil em Belo Horizonte pelas eliminatórias para Copa do Mundo de 2018 e utilizou os serviços da empresa aérea LaMia na viagem até a capital mineira. O avião, inclusive, era o mesmo que caiu com a delegação da Chapecoense na semana passada.
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E segundo revelou Guilherme Dietrich, ministro de Transporte da Argentina , a pessoas próximas, o avião da seleção com Lionel Messi e companhia a bordo chegou ao destino com combustível para apenas 15 minutos a mais de voo. A informação foi veiculada pela rádio "La Red".
Ainda de acordo com a rádio, Dietrich recebeu um informe técnico e disse que "a aeronave que fez o trajeto de Buenos Aires até Belo Horizonte aterrissou com apenas 15 minutos mais de autonomia". A situação é semelhante à que aconteceu com a Chape, quando a autonomia de voo de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, até Medellín, na Colômbia, era justa e sem espaço para imprevistos.
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Em outras palavras. Caso o voo da LaMia com os argentinos tivesse algum imprevisto no espaço aéreo brasileiro que precisasse manter o avião no ar por mais 15 minutos, o destino da seleção hermana poderia ser o mesmo que o do time brasileiro. Ficou provado que a tragédia com a Chapecoense aconteceu por falta de combustível.
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A tragédia na Colômbia
O avião que levava a delegação da Chapecoense à Colômbia na última segunda-feira, para o primeiro jogo da decisão da Copa Sul-Americana, caiu poucos quilômetros antes de pousar no aeroporto de Medellín por falta de combustível.
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Foram 71 vítimas fatais entre jogadores, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulação, e apenas seis sobreviventes: o goleiro Follmann, o lateral Alan Ruschel, o zagueiro Neto, o jornalista Rafael Henzel, o técnico da aeronave Erwin Tumiri e a comissária de bordo Ximena Suarez.
Não se sabe ao certo quantas pessoas haviam no voo da Argentina que chegou a Belo Horizonte, mas seria uma comoção de proporção igual ou até maior em caso de tragédia.