O STJD decidiu punir o Grêmio por conta da entrada em campo da filha do técnico Renato Gaúcho, Carol Portaluppi
Lucas Uebel/Grêmio FBPA
O STJD decidiu punir o Grêmio por conta da entrada em campo da filha do técnico Renato Gaúcho, Carol Portaluppi

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o Grêmio, nesta quarta-feira, com a perda do mando de campo para o segundo e decisivo jogo da final da Copa do Brasil 2016, diante do Atlético-MG, previsto para o próximo dia 30 de novembro e também com multa no valor de R$ 30 mil. A punição foi dada porque a filha do técnico Renato Gaúcho, Carol Portaluppi, entrou no gramado da Arena para comemorar a classificação logo após a partida contra o Cruzeiro.

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De acordo com o Jornal Zero Hora , os primeiros dois auditores do tribunal votaram para que fosse aplicada uma multa no valor de R$ 30 mil para o Grêmio . Entretanto, um terceiro auditor pediu a perda do mando de campo. Isso fez com que os dois primeiros mudassem de ideia e acompanhassem o colega para que o clube fosse punido com a perda do mando da final.

Como era de se esperar, o clube pedirá ao presidente do STJD, Ronaldo Piacente, um efeito suspensivo até que o recurso seja julgado novamente pela entidade. Se isso acontecer, a finalíssima diante do Atlético poderia ser jogada na Arena.

"Vamos recorrer, ainda não conheço as circunstâncias do julgamento. Mas o Grêmio irá recorrer desta decisão", disse o presidente do tricolor gaúcho, Romildo Bolzan Jr, ao Zero Hora.

VICE-PRESIDENTE PEDE TRANQUILIDADE

Logo após a decisão do STJD, o vice-presidente jurídico do Grêmio, Nestor Hein, falou com a Rádio Gaúcha sobre a punição, a qual considerou 'fora da curva' e ainda pediu calma para os torcedores gremistas.

"Foi uma decisão fora da curva. O tribunal já havia julgado questões semelhantes e não havia se utilizado de uma situação tão gravosa como essa. Exatamente como base nessa jurisprudência que vamos nos utilizar do recurso compatível para obter o efeito suspensivo da decisão. Acredito que os gremistas deem ficar tranquilos. Compete ao clube aceitar a decisão e manejar o recurso compatível", disse o dirigente.

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"Essas coisas acontecem, vamos manejar o recurso hábil e acho que a Justiça vai se sobressair. Não há precedentes de uma punição tão severa. 99% das questões desse tribunal são de violência, agressão e uma questão dessa tomou uma proporção que não tem tamanho com o que aconteceu", completou Hein.

RELATO DE ÁRBITRO NA SÚMULA DA PARTIDA

Na súmula da partida entre Grêmio e Cruzeiro, o árbitro em questão, Thiago Duarte Peixoto, descreveu o incidente da seguinte maneira:

"Informo que ao final da partida, constatei a presença da Sra Carol Portaluppi dentro do campo de jogo. Cabe salientar, que após o término do jogo, fui informado pelo inspetor da partida, Sr Nelson de Souza Monção e pelo quarto árbitro, Sr Francisco Silva Neto que a referida adentrou as imediações do campo de jogo a poucos segundos do término da partida, chamada pelo seu pai, Sr Renato Portaluppi, técnico da equipe do Grêmio, sentando no banco de reservas. Não havendo tempo hábil para retirá-la pois a partida se encerrou, a mesma adentrou o campo de jogo".

Segundo a própria denúncia da Procuradoria, a infração não foi grave, porém o que aconteceu não pode ser aceito e, assim, o Grêmio foi enquadrado no artigo 213, inciso II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por "deixar de prevenir e reprimir invasão de campo ou local da disputa do evento”. Clique aqui para ler como foi a votação de cada auditor .

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