Desde o início da Eurocopa na França, ocorrido na última sexta-feira (10), 116 pessoas já foram presas por causar brigas em cidades-sede da competição até esta segunda-feira (13). Segundo o Ministério do Interior, três torcedores estrangeiros foram expulsos do país e outros 10 serão julgados ainda hoje em Marselha. Ao todo, são seis britânicos, um austríaco e três franceses que terão que se apresentar à Justiça.
Os piores confrontos foram registrados, justamente, na cidade litorânea. Lá, torcedores russos, ingleses e franceses protagonizaram cenas de extrema violência contra os policiais e contra os estabelecimentos de Marselha.
De acordo com o procurador local, Brice Robin, "150 hooligans russos extremamente treinados" foram para Marselha "para agredir os outros". Porém, Robin admitiu que a polícia não conseguiu prender sequer um deles e que "estamos ainda examinando as imagens das câmaras de vigilância para identificar os autores da violência".
Além de Marselha, a cidade de Lille também registrou confusões, porém em menor intensidade: ucranianos e alemães se enfrentaram e brigaram com policiais antes da partida entre as duas equipes.
Por causa do comportamento das torcidas, especialmente da Rússia e da Inglaterra, a Uefa - que gerencia o futebol europeu - ameaçou as duas federações de exclusão da Euro2016 se os torcedores repetirem as cenas de violência. A entidade ainda abriu um procedimento disciplinar contra os russos que será analisado amanhã (14).
Para evitar uma possível punição, o treinador da seleção inglesa, Roy Hodgson, e o atacante Wayne Rooney, divulgaram um vídeo em que pedem para que os torcedores "fiquem longe de problemas".
"Nós trabalhamos muito para chegar aqui e queremos permanecer aqui. Estou muito preocupado, obviamente, pela ameaça que recai sobre nós", disse Hodgson. Já Rooney fez um apelo àqueles que estão sem ingressos.
"Por favor, se você não tem um ingresso, não venha para cá. Fiquem atentos, sejam razoáveis e continuem a nos dar seu grande apoio como sempre", destacou.