O juiz da Audiência Nacional José da Mata fixou o dia 2 de fevereiro para que Neymar deponha em qualidade de investigado (acusado) por corrupção entre particulares e fraude na operação de sua contratação pelo Barcelona procedente do Santos.
Além disso, Mata também convocou para o dia 1º de fevereiro o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e seu antecessor, Sandro Rosell, para que prestem esclarecimentos pelos mesmos delitos no processo aberto pela denúncia apresentada pela empresa DIS, que tinha parte dos direitos de Neymar.
No mesmo dia do depoimento de Neymar, também serão ouvidos o pai do jogador e sua mãe, assim como o representante da empresa N&N, enquanto no dia 1 o juiz também convocou os ex-presidentes do Santos Odilio Rodrigues e Luis Álvaro de Oliveira, assim como os representantes do Barcelona e do clube brasileiro.
Entenda o caso
O processo aberto contra Neymar partiu de denúncia da DIS, grupo que detinha parte dos direitos do jogador. Em março de 2015, a empresa entrou com uma ação civil cobrando do Barcelona e da família de Neymar cerca de 40 milhões de euros alegando ter direito na transferência do Santos para o clube espanhol. O argumento usado é de que o Barcelona e o jogador forjaram contratos para evitar pagamentos extras ao fundo.
O Barcelona informou ter gastado 57,1 milhões de euros para contratar Neymar quando contratou o atacante. Porém, posteriormente, o clube espanhol reconheceu que o gasto foi de quase 100 milhões de euros. Desse total, mais 40 milhões de euros foram pagos diretamente para a N&N, empresa do pai de Neymar no Brasil.
O imbrógllio se fez porque oficialmente o Santos detinha 55% dos direitos do atleta, e a DIS 40%. Os 5% restantes pertenciam à Teísa (outro grupo de investidores).