
Mais uma vez o GP de Singapura acabou com os pilotos - exaustos pelo calor intenso - e também com os fãs, que esperavam emoção, mas não tiveram sequer um safety car no traçado estreito e perigoso de Marina Bay. Em compensação vimos boas disputas entre Max Verstappen, da Red Bull, Lando Norris e Oscar Piastri, da McLaren. De quebra, o título de Construtores foi decidido.
A largada começou tão quente quanto o clima em Singapura, mas a disputa não foi entre o pole position George Russell , da Mercedes, e Verstappen, e sim entre os pilotos papayas.
Ao tentar ultrapassar Piastri, Norris acabou tocando na traseira de Verstappen e, ao mesmo tempo, roda a roda com o companheiro de equipe. O australiano reagiu no rádio: “então estamos bem com o Lando abrindo e me empurrando para fora daquele jeito? Qual o jeito de agir ali?”
Em seguida, ao ser informado de que os comissários não tomariam nenhuma ação e de que a McLaren considerava que o Norris apenas se defendia de Verstappen, Piastri rebateu: “se pra evitar bater um outro carro ele tem que bater no seu companheiro isso é um trabalho de evitar de merda."
Além desse toque na largada, Isack Hadjar, da Racing Bulls, e Oliver Bearman, da Haas, também se tocaram mais atrás do pelotão. Mesmo com tantos encontros perigosos, milagrosamente ninguém abandonou.
As paradas começaram
Os pit stops começaram logo na volta 14. Lá na frente, Verstappen era o único entre os líderes usando pneus macios, enquanto os demais apostavam nos médios. Após alguns blefes da McLaren, o holandês parou na volta 20, em um momento crucial para sua corrida. O tetracampeão, no entanto, não parecia confiante, já que o desempenho do seu carro não era dos melhores.
Enquanto isso, o líder George Russell começou a perder rendimento e foi aos boxes na volta 26. Norris parou logo em seguida para evitar perder posição de pista para o Charles Leclerc, da Ferrari, que também já havia feito seu pit stop.
E dessa vez o jogo virou: o pitstop do Norris, de 2s1 segundos, foi bem mais rápido que o do Piastri, de 5s2 segundos, diferente do que vinha acontecendo nas últimas corridas.
A parada de Piastri só não foi mais lenta que a de Fernando Alonso, da Aston Martin, que levou nove segundos para trocar os pneus. O espanhol ficou furioso: quando o engenheiro entrou no rádio apenas para informar quantas voltas restavam, Alonso respondeu dizendo que, se ele falasse com ele a cada volta, iria desconectar o rádio do carro. Bem típico do bicampeão mundial.
Nessa altura muitos já diziam que o Grande Prêmio de Singapura estava um pouco entediante. Um safety car para colocar todos em pé de igualdade seria bem-vindo - e bem que Nico Hulkenberg, da Sauber, tentou. O alemão deu um susto nos fãs ao travar a roda traseira e rodar, mas conseguiu voltar à pista, em último lugar, sem necessidade de safety car.
Resultados e briga que continua
Singapura é uma pista que beneficia quem arrisca - e esse foi o caso de Carlos Sainz, da Williams, que parou novamente para colocar pneus macios e começou a escalar o pelotão. Conseguiu terminar em 10° e levar um ponto para casa, mesmo tendo sido desclassificado na classificação de sábado (04).
Lá na frente, Norris tentou por várias voltas ultrapassar Verstappen, que se defendia muito bem, em busca do 2º lugar - mas não conseguiu. Com isso, Russell ampliou sua vantagem na liderança e venceu o GP de Singapura, conquistabdo sua segunda vitória na temporada.
O top 10 da corrida foi o seguinte: Russell (Mercedes), Verstappen (Red Bull), Norris (McLaren), Piastri (McLaren), Kimi Andrea Antonelli (Mercedes), Leclerc (Ferrari), Alonso (Aston Martin), Lewis Hamilton (Ferrari), Bearman (Haas), e Sainz (Williams).
Agora 22 pontos separam o líder, Piastri, do vice-líder e companheiro de equipe, Norris. Faltam apenas sete corridas para o fim da temporada - será que o britânico e veterano de McLaren ainda consegue chegar a tempo de garantir seu título?
Além disso, com o resultado deste domingo, a McLaren se sagrou campeã de Construtores em 2025, pelo segundo ano consecutivo e pela décima vez na história.