Cinco anos separam a conquista do título estadual sub-17 do Fluminense contra o Vasco, em 2018, do troféu da Libertadores contra o Boca Juniors. Agora, os meninos de Xerém, André , Martinelli e John Kennedy  estão na final do Mundial de Clubes da Fifa .

Não quero tirar os méritos de Fábio, que fez defesas essenciais, Marcelo, que sofreu o pênalti, Ganso, o maestro, ou Felipe Melo, que marcou demais na vitória de hoje por 2 a 0 sobre o Al-Ahly .

Mas é simbólico ver três garotos protagonistas deste time. Em 2018, no estadual, André era capitão e Martinelli fez o gol do título. Além deles, John Kennedy estava naquele grupo vencedor.

Hoje, André foi eleito o melhor em campo, John Kennedy fez um dos gols e Martinelli começou o contra-ataque que terminou no segundo gol.

Não é de agora que André é visto como um dos principais jogadores do Fluminense e homem de confiança de Fernando Diniz. Tanto que faz parte das convocações do técnico para a Seleção Brasileira e foi fundamental na conquista da Libertadores. 

Martinelli é mais discreto, joga o simples. Mas hoje foi um monstro contra os egípcios do Al Ahly. Marcou, atacou, cadenciou o jogo e puxou um contra-ataque que definiu a partida.

Aquele time de 2018 ainda tinha o goleiro Marcelo Pitaluga, hoje na base do Liverpool, e os atacantes Marcos Paulo (emprestado pelo Atlético de Madrid ao São Paulo), João Pedro (Brighton, chamado por Diniz para a Seleção), Luiz Henrique (Betis) e Biel (Bahia).

Se nenhuma surpresa atrapalhar, os meninos de Xerém e os “vovôs” das Laranjeiras terão o maior desafio da história do Fluminense contra o poderoso Manchester City, do técnico espanhol Pep Guardiola. Imperdível.