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Ontem, foram definidas as posições de largada para as 500 milhas de Indianápolis 2021. A corrida, que será realizada no próximo domingo, terá a pole position do neozelandês Scott Dixon . Entre os brasileiros, Tony Kanaan será o quinto, Hélio Castroneves , o oitavo, e Pietro Fittipaldi , o 13º.

Ao todo, 35 pilotos começaram na disputa. Serão 15 sessões de treinos, divididas em 7 dias. No total, 33 se classificaram para disputar a vitória na corrida de 500 milhas (pouco mais de 804 km), divididas em 200 voltas, com duração de cerca de 3 horas, numa pista de 2,5 milhas (4 km). Desses 35 pilotos que começaram, apenas uma mulher, a suíça Simona de Silvestro, que se garantiu na prova e vai largar na 33ª posição.

Em meio a esse monte de números, a coluna "Borracha & Gasolina" conversou com os três brazucas, que vão acelerar a quase 400km/h no próximo dia 30 de maio, na 105ª edição da corrida tradicionalíssima, uma das mais importantes do automobilismo mundial.

Tricampeão da prova (2001, 02 e 09), Helio Castroneves , aos 46 anos, vai para sua 21ª vez nas 500 milhas, como se fosse a primeira. "Sempre sinto um friozinho na barriga, por isso ainda me encanta pilotar. Quando essa sensação não estiver mais aqui, será hora de pensar em fazer outra coisa", disse Helinho, que está numa equipe nova, a Meyer Shank.

"O trabalho é dobrado, pois eles não me conhecem e eu também não os conheço, mas isso não significa que não podemos ter resultados expressivos. Estou muito confiante e me preparando para isso. Conseguimos o objetivo de entrar no Fast9 (os nove que disputam a pole), não tínhamos velocidade para brigar pela pole, mas fizemos dois long runs (trechos longos) e o carro se comportou muito bem", analisou Castroneves.

Tony Kanaan tem os mesmos 46 anos de Helinho e venceu as 500 milhas em 2013. Depois de disputar 20 edições da prova, ele ainda não consegue traduzir em palavras para o público o que é acelerar a quase 400 km/h durante três horas. "Não tem como. Só guiando mesmo nesta corrida para alguém poder entender o que é".

Melhor brasileiro no grid, Tony está confiante no trabalho e na estratégia da equipe Chip Ganassi para a prova. "O time fez um excelente trabalho na preparação dos carros, tanto que colocou seus quatro pilotos largando entre os nove primeiros. Eu tenho um carro bem acertado e agora é ter paciência, porque a prova é longa e só se define nas 50 voltas finais".

Ao contrário de Helinho e Tony, Pietro Fittipaldi , de 24 anos, vai para a primeira disputa de 500 milhas. Ele faz parte de uma família com muita história na prova: o tio Christian foi segundo colocado em 1995 e o avô Emerson venceu em 1989 e 1993. "Estou muito empolgado para correr na Indy-500. É uma prova com tanta história de conquistas para o Brasil e espero fazer parte desta trajetória de sucesso. Estive perto em 2018, mas sofri um acidente em Spa, numa prova do WEC, e tive que vir a Indianápolis não para correr, mas para recuperar as minhas duas pernas. Vi todos os pilotos treinando e correndo, e depois ainda fiquei mais dois meses morando aqui num motorhome dentro do Indianapolis Motor Speeway para fazer a recuperação completa. Tinha certeza de que eu teria uma nova chance de correr a Indy-500".

A chance realmente apareceu e Pietro a agarrou com muita vontade, sendo o estreante mais rápido no treino classificatório dessa edição. "Testamos muitas coisas boas ao longo desses treinos. Foram centenas de voltas no total, a equipe fez um ótimo trabalho no carro e agora estamos focados na corrida. Estou muito animado para fazer a melhor estreia possível na Indy-500", finalizou Pietro.

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