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Novidade para vocês, seus amantes dos perfumes da borracha e da gasolina queimadas: um líder de campeonato inédito na Fórmula 1. Na categoria desde 2015, Max Verstappen assumiu a ponta da classificação pela primeira vez na carreira, ao vencer o GP de Mônaco, superando a pontuação de Lewis Hamilton: 105 a 101. De quebra, a Red Bull também pulou para a ponta entre os construtores, desbancando, nesse momento, a Mercedes: 149 a 148.

A história da corrida deste domingo, no entanto, começou bem antes das 10h, horário de Brasília. O traçado de rua, estreito e travado de Mônaco é tão peculiar e diferente de todas as outras pistas por onde a Fórmula 1 passa, que colocou a (quase) sempre favorita Mercedes apenas como a terceira força e trouxe a Ferrari de volta à disputa no treino classificatório de sábado.

O ótimo Charles Leclerc foi bestial e uma besta também: cravou a oitava pole position dele na carreira, a primeira de um monegasco em casa, mas bateu na volta seguinte. E aí começou o drama: trocar o câmbio avariado e perder cinco posições no grid, jogando fora aquela que seria a única chance de vitória no ano, ou tentar consertá-lo e ir para a prova?

(Veja na galeria abaixo fotos da corrida de Mônaco)

A Ferrari optou pela segunda opção e se deu muito mal ainda na ida para o grid. "No, no, no", repetiu Leclerc, desolado, pelo rádio. "Foi um momento muito difícil. O problema apareceu após o primeiro setor", confirmou o monegasco em entrevista à repórter Mariana Becker, da Band, durante a prova.

O câmbio não aguentou, o problema foi no eixo de transmissão. Assim, a primeira posição do grid ficou vaga. Na largada, Max Verstappen, o segundo, já posicionou o carro apontado em diagonal para fechar a porta de Valtteri Bottas, o terceiro. Deu certo e o holandês segurou a ponta.

Você viu?

A partir daí, o que se viu foi uma procissão muito comum em Mônaco. Verstappen tratou de abrir vantagem sobre Bottas, chegando a mais de cinco segundos a partir da 26ª volta. A essa altura, o finlandês já reclamava do desgaste dos pneus e pedia para parar no box. Mal sabia ele que era melhor não ter parado...

Os mecânicos da Mercedes não conseguiram tirar a porca da roda dianteira direita para fazer a troca do pneu. E Bottas teve que abandonar a corrida por isso. Um momento totalmente inusitado. Melhor para Verstappen, que ficou mais tranquilo na liderança, administrando a vantagem para Sainz e cruzando a linha de chegada nove segundos à frente.

O outro piloto da Mercedes, Lewis Hamilton, ficou furioso com a equipe após a parada nos boxes. Ele questionou pelo rádio a estratégia de mandá-lo parar antes dos adversários e reclamou muito ao voltar à pista apenas em sétimo lugar - posição em que terminou -, atrás de Pierre Gasly e Sebastian Vettel. A dez voltas do fim, e com uma vantagem de 25 segundos sobre Lance Stroll, Hamilton botou pneus macios para fazer a volta mais rápida e ganhar o ponto extra. A verdade é que nem a Mercedes, nem o Hamilton se encontraram neste fim de semana em Mônaco. É sacudir a poeira e partir para a próxima.

Vitória importantíssima de Verstappen, com direito à bandeirada da tenista multicampeã Serena Williams. Foi a primeira dele em Mônaco, a segunda na temporada e a 12ª na carreira. Max se aproveitou muito bem das peculiaridades da pista para dar graça e competitividade ao campeonato, que já começava a se encaminhar para as mãos de Hamilton. Vamos ver o que a Red Bull consegue fazer contra a Mercedes nas próximas corridas.

Sainz terminou em segundo lugar, levando a Ferrari de volta ao pódio, o que não acontecia há oito provas, desde o GP da Turquia do ano passado. Lando Norris foi o terceiro, assumindo também a terceira colocação no campeonato. Destaques também para Sérgio Perez, que ganhou cinco posições e terminou em quarto, e para, vejam vocês, Vettel, que somou seus primeiros pontos na equipe Aston Martin, com um ótimo quinto lugar.

Resumo da ópera? A monótona - para não dizer chata mesmo - corrida de Mônaco serviu para dar novo fôlego ao campeonato, que segue aberto. Próxima parada: Azerbaijão, daqui a duas semanas. Até lá!

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