Antonio Félix da Costa comemora vitória em Interlagos
Bruno Terena
Antonio Félix da Costa comemora vitória em Interlagos

Ele veio, conheceu e venceu. O português António Félix da Costa deu show de simpatia, mas, principalmente, de muito talento neste último fim de semana, em Interlagos. Pelo paddock, sorria e cumprimentava quem encontrasse pelo caminho. Na pista, sentou a bota e mandou muito bem.

Convocado de última hora para substituir o tricampeão da Stock Car Ricardo Maurício, que testou positivo para Covid-19, o portuga gente fina entrou no cockpit da equipe Eurofarma-RC, foi o 17º na classificação, terminou em nono na corrida 1 e venceu a segunda prova da etapa. Detalhe: ele nunca havia guiado antes em Interlagos.

Saca só abaixo essa entrevista exclusiva que o atual campeão da Fórmula-E deu pra Borracha & Gasolina, um oferecimento da querida Patrícia Casagrande, assessora da equipe Eurofarma-RC. Ela mostrou que não só os carros e os pilotos do time são rápidos, a assessoria também acelera muito.

Borracha & Gasolina : Qual a sensação de chegar de última hora para correr pela primeira vez no templo de Interlagos e vencer?

Felix da Costa : É fantástico. Estou vivendo um grande momento da minha carreira. Nas últimas três semanas, subi ao pódio em Spa-Francorchamps no WEC, venci em Mônaco na Fórmula E e agora esta grande vitória aqui na Stock, em Interlagos. É incrível e me enche de orgulho. Aqui no Brasil, é sempre especial pela forma como me tratam e me acarinham.

B&G : O que você achou da pista histórica?

FC : A pista é brutal e era um sonho para mim correr em Interlagos. Portanto, quando surgiu o convite da equipe Eurofarma-RC, nem pensei duas vezes. Depois disso, correr e vencer é a cereja no topo do bolo. Incrível mesmo.

B&G : Com um olhar mais de fora, apesar de já ter corrido outras provas na Stock, como você avalia a a categoria?

Você viu?

FC : É um campeonato incrível, muito bem organizado, com um nível de equipes e pilotos muito alto e competitivo, com grandes nomes do automobilismo brasileiro. Portanto, é um campeonato muito respeitado por todos os pilotos na Europa.

B&G : Você, que não é de esconder o jogo, tem que me contar: qual o segredo do Rosinei Campos, o Meinha, chefe da equipe RC, para ganhar quase tudo?

FC : Penso que o segredo é a dedicação e o empenho que colocam na preparação dos carros e o nível de engenheiros e mecânicos da equipe, que é muito alto. O Meinha só sabe entrar para ganhar, que é a mesma mentalidade que eu tenho.

B&G : Falando um pouco de Fórmula E, como você avalia o campeonato deste ano até aqui?

FC : Tem sido um campeonato ultracompetitivo, a maioria das equipes deram um salto competitivo e com tantos pilotos bons qualquer um pode ganhar uma corrida. Comecei a temporada com algumas corridas ruins, mas felizmente em Mônaco demos a volta por cima e ganhei essa corrida tão especial. Estamos na metade do campeonato, tenho muitas corridas pela frente e estamos motivados.

B&G : Você está em quarto no campeonato, mas ainda sonha com o título?

FC : Claro que sim, é esse o meu objetivo. Vamos em busca desse bicampeonato. Vai ser duro, mas queremos isso. A vitória em Mônaco me fez voltar à luta pelo título.

B&G : Me mata uma curiosidade: não é chato muitas vezes ter que andar bem abaixo do limite do carro para poupar bateria?

Não. Tudo faz parte da estratégia de melhor eficiência das baterias e saber regenerar energia, mas andando o mais rápido possível. Não é algo que qualquer piloto consiga fazer. Tem muita técnica nessa poupança que você fala. É um fator que todas as equipes e pilotos procuram maximizar, pois o importante é chegar em primeiro no final.

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