Descontente com o novo plano da Liberty Media para o regulamento da Fórmula 1 em 2021, o presidente da Ferrari deixou claro ser contra as medidas propostas. Além disso, caso as condições se mantenham desfavoráveis, Sergio Marchionne ameaçou deixar a elite do automobilismo mundial.
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Durante uma teleconferência, o chairman da montadora de veículos italiana deixou claro suas preocupações e opiniões sobre as mudanças. "A Liberty tem algumas boas intenções com isso, um dos quais é reduzir o custo das equipes, o que é bom. Mas existem coisas que nós não concordamos", disse o presidente da Ferrari . "A Fórmula 1 é parte de nosso DNA desde o dia em que nascemos. Se mudarmos a caixa de areia a ponto de a caixa de areia se tornar irreconhecível, não quero brincar mais."
A empresa italiana é a única escuderia que faz parte da F1 desde o início na primeira temporada, no ano de 1950. Além disso, embora não vença nenhum campeonato desde 2008, é ainda a mais bem-sucedida. Com números recordes, a Ferrari possui 228 provas vencidas, 16 campeonatos de construtores e ainda 15 títulos de pilotos.
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Quando questionado sobre como se sentia por ser o responsável em retirar a escuderia da Fórmula 1, o diretor-executivo não hesitou: "Muitíssimo bem, porque estarei trabalhando em uma estratégia alternativa para tentar substituí-la. Uma mais racional, também", respondeu Sergio Marchionne .
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Liberty Media na F1
Em janeiro de 2017, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aprovou a venda da das ações da Fórmula 1 para o grupo norte-americano Liberty Media. Essa era a última etapa burocrática necessária para a liberação da negociação, que se enrolava há algum tempo. Com isso, a organização foi autorizada a prosseguir com as compras das ações da CVC Capital Partners, que atualmente administra a Fórmula 1, categoria mais importante do automobilismo mundial. Pelo visto, caso o grupo se mantenha firme nas decisões futuras para a competição, pode ser que percam a parceira mais antiga, Ferrari.