Em entrevista recente para BBC, Ross Brawn, ex-diretor técnico da Benetton e da Ferrari, disse que Michael Schumacher apresentava "sinais de melhora" em seu estado de saúde, animando os fãs do ex-piloto alemão, que sofreu um grave acidente de esqui em dezembro de 2013 e desde então vive uma luta diária pela vida.
Agora, em conversa com a reportagem do jornal The Guardian, Brawn disse que foi mal interpretado. "Eu o visito e rezo para que um dia ele se recupere. Minhas declarações foram colocadas como se eu tivesse dito isso, mas eu não disse que Schumacher está melhorando. A família está tratando seu estado de saúde com privacidade e tenho de respeitar isso. Assim, não quero comentar sobre a sua condição", disse o amigo do alemão.
"Além disso, temos esperanças de vê-lo, em algum momento no futuro, como sempre conhecemos", completou Ross Brawn.
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Amigo íntimo de Schumi, Brawn trabalhou com o heptacmapeão mundial de Fórmula 1 na Benetton e na Ferrari, onde tinha estreia relação com o piloto. "Esse acidente foi muito chocante para nós e terrivelmente traumático para a família. Michael era forte e, durante sua carreira no automobilismo, só quebrou uma perna. A ironia pelo acidente acontecer durante uma vida tranquila, quando já havia se aposentado, é terrível", disse.
Seu estado de saúde é sigilo absoluto
Felix Damm, advogado da família de Schumacher e que sempre está em contato com o ex-piloto, contou à Justiça alemã nos últimos meses que ele "infelizmente, não pode caminhar" nem com o auxílio de médicos e terapeutas , contrariando reportagem da revista "Buntle", que divulgou que ele havia caminhado e levantava um dos braços com a ajuda dos terapeutas.
Ainda na mesma época, a porta-voz oficial da família, Sabine Kehm, informava que o "relatório apresentado não era verdadeiro" e que "tamanha especulação é irresponsável porque dá falsas esperanças para muitas pessoas envolvidas".
Michael Schumacher sofreu um grave acidente de esqui nos alpes franceses no dia 29 de dezembro de 2013, batendo a cabeça nas pedras e ficando internado em coma induzido por muitos meses, passando por diversas cirurgias nesse período. Desde setembro de 2014, a família o levou para casa, onde ele recebe acompanhamento e tratamento 24 horas por dia.