O atacante francês Kylian Mbappé durante uma coletiva de imprensa no Estádio Poljud em Split, Croácia, em 19 de março de 2025, véspera da primeira partida das quartas de final da Liga das Nações entre Croácia e França.
FRANCK FIFE
O atacante francês Kylian Mbappé durante uma coletiva de imprensa no Estádio Poljud em Split, Croácia, em 19 de março de 2025, véspera da primeira partida das quartas de final da Liga das Nações entre Croácia e França.
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O astro francês Kylian Mbappé obteve um embargo preventivo de 55 milhões de euros (cerca de R$ 364 milhões na cotação atual) do Paris Saint-Germain por salários e bônus não pagos que ele reivindica de seu antigo clube, anunciaram seus advogados nesta quinta-feira (10).

Mbappé, que deixou o PSG em 2024, exige o pagamento pelos últimos três meses de seu contrato, assim como seus bônus por assinatura de contrato e ética.

Na quarta-feira, o juiz de execução do tribunal de Paris autorizou o bloqueio preventivo das contas do clube a pedido do jogador, que também apresentou uma queixa contra o X por "insultos públicos".

Seus advogados, Delphine Verheyden, Frédérique Casserau, Thomas Clay e Pierre-Olivier Sur, anunciaram que o atual atacante do Real Madrid recorrerá à justiça trabalhista e se juntará a uma queixa mais ampla do sindicato dos jogadores franceses (UNFP) contra clubes profissionais por "assédio moral".

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O UNFP apresentou uma queixa há um ano por assédio relacionado a "lofting", ou exclusão de jogadores, do qual Mbappé acredita ter sido vítima no PSG.

O Paris Saint-Germain "irá à Justiça trabalhista sem problemas", disse uma fonte da diretoria do clube à AFP, afirmando que Mbappé "não vai vencer".

O conflito entre o astro e o PSG decorre de um acordo fechado em agosto de 2023 entre as duas partes.

Mbappé foi afastado do time principal por se recusar a renovar com o clube. Essa renovação teria permitido ao PSG receber dinheiro de uma possível transferência, enquanto Mbappé se juntou ao Real Madrid de graça no final da temporada 2023-2024.

Pelo acordo, o jogador concordou em abrir mão de € 55 milhões em diversos bônus caso saísse como agente livre no final da temporada.

- Primeiro exame do caso em maio -

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Mas a validade desse acordo, que o próprio jogador havia mencionado publicamente à imprensa em janeiro, é negada pela equipe jurídica do craque.

O jogador exige o pagamento de € 55 milhões, que corresponde ao último terço de um bônus de assinatura, € 36 milhões brutos (R$ 238 milhões), aos três últimos pagamentos mensais, assim como um bônus de ética para esses três meses.

Em setembro, o comitê jurídico da Ligue de Football Professionnel (LFP) e, em outubro, o comitê conjunto de apelações da LFP instaram o PSG a pagar essas quantias.

O clube se recusou a pagar e levou a LFP ao tribunal de Paris para mediar essas duas primeiras decisões.

Devido a essa reclamação, o comitê disciplinar da LFP e, posteriormente, o comitê de apelação superior da Federação Francesa de Futebol (FFF) se declararam incompetentes para resolver o recurso, primeiro em dezembro e depois em fevereiro.

Uma audiência de orientação no tribunal judicial de Paris, ou seja, um exame inicial do caso, foi marcada para o dia 26 de maio, antes de uma primeira audiência sobre o mérito do caso, prevista para ocorrer em alguns meses.

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