O San Lorenzo repudiou a ação da polícia contra seus torcedores na noite de terça-feira (20) em Belo Horizonte, onde o time argentino foi eliminado nas oitavas de final da Copa Libertadores pelo Atlético-MG, e anunciou que denunciará na Conmebol a "violência sistemática" contra equipes argentinas no Brasil.
Durante o segundo tempo do jogo de volta das oitavas da Libertadores, que terminou com a vitória por 1 a 0 e a classificação do Atlético, houve confronto entre a polícia e os torcedores argentinos presentes na Arena MRV.
"O San Lorenzo repudia energicamente todos os fatos ocorridos em Belo Horizonte, deste a injustificada e selvagem agressão da polícia brasileira a nossos torcedores até uma série de ocorrências que atentam contra a desportividade e a boa relação entre os clubes", expressou o clube em um comunicado publicado nesta quarta-feira (21).
Os incidentes obrigaram a paralisação da partida por alguns minutos, quando o gás de pimenta utilizado pela polícia começou a afetar os jogadores dentro de campo.
O clube argentino afirmou que "durante o jogo houve ofensas e provocações do público geral, que exibiu bandeiras e atirou objetos contra os nossos torcedores", o que culminou em "um feroz ataque policial ao público do San Lorenzo, com disparo de balas de borracha e gás lacrimogênio, uma repressão que deixou mais de dez pessoas feridas".
No comunicado publicado em suas redes sociais, o clube anunciou que vai enviar uma representação à Conmebol questionando o dispositivo de segurança implementado e "repudiando a violência sistemática que os times argentinos sofrem quando disputam seus jogos no Brasil".
Existe um longo histórico de incidentes envolvendo torcedores brasileiros e argentinos. Um dos mais recentes foi em novembro do ano passado, antes do jogo entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
Na ocasião, a partida no Maracanã começou com 30 minutos de atraso por conta de um confronto entre torcedores nas arquibancadas em que a polícia teve que intervir.