O tenista italiano Jannik Sinner, número 1 no ranking da ATP, foi absolvido por um tribunal independente depois que um exame antidoping realizado em março 2024 acusou o uso de clostebol, anunciou a Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) nesta terça-feira (20).
Durante o Masters 1000 de Indian Wells, Sinner testou positivo para este esteroide anabolizante derivado da testosterona, que é proibido pela Agência Mundial Antidoping (Wada). O resultado apresentou "níveis baixos" da substância e o tenista passou por novo exame oito dias depois, explicou a ITIA em comunicado.
O teste positivo não foi divulgado enquanto a investigação era realizada. Ao término da mesma, um tribunal independente concluiu que Jannik Sinner "não cometeu nenhuma falta ou negligência", acrescentou a agência.
Sinner explicou que a substância entrou em seu organismo pela "contaminação através de um membro de sua equipe, que havia aplicado em sua própria mão um spray de venda livre que contém clostebol para curar uma pequena lesão", continuou a ITIA.
Esse membro da equipe de Sinner fez massagens no tenista durante esse período, o que explicaria a contaminação.
"Depois da investigação, a ITIA aceitou a explicação do jogador sobre a presença do clostebol e reconheceu que a presença da substância não foi intencional. O que também foi aceito pelo tribunal", declarou na nota a diretora-geral da ITIA, Karen Moorhouse.
Embora a versão do italiano tenha sido aceita, seus pontos no ranking da ATP e as premiações que recebeu no Masters 1000 de Indian Wells, torneio durante o qual passou pelo exame, foram retirados, seguindo as regras a respeito.
"Agora vou deixar esse período desafiador e profundamente infeliz para trás", declarou Sinner em nota publicada na rede social X, pouco depois do anúncio da decisão.
"Vou continuar a fazer tudo o que puder para garantir que continuo a cumprir o programa antidoping da ITIA e tenho uma equipe ao meu redor que é meticulosa no respeito às regras", acrescentou.