Os Jogos Olímpicos de Paris mostraram "a verdadeira cara da França", afirmou nesta segunda-feira (12) o presidente francês, Emmanuel Macron, a vários profissionais mobilizados para o evento, que foi "um sucesso em termos de segurança, organização e também um sucesso no esporte e em termos de público".
"Vivemos duas semanas em um país com a sensação de que o ar estava mais leve (...). Não queremos que a vida volte ao normal", acrescentou o chefe de Estado, que admitiu que sente "nostalgia" durante uma recepção nos jardins do Palácio do Eliseu, onde se reuniu com os voluntários dos Jogos Olímpicos, funcionários locais, policiais, militares, gendarmes e bombeiros.
"Não há mais provas para vermos nem o entusiasmo de cada manhã", lamentou Macron, que destacou o grande papel dos atletas franceses, que ficaram em quinto lugar no quadro de medalhas.
"Podemos ser ao mesmo tempo criativos e rigorosos, assim como podemos ser ao mesmo tempo loucos e bem organizados", declarou o presidente francês, acompanhado de políticos de alto escalão, como o primeiro-ministro, Gabriel Attal, e o presidente do comitê organizador dos Jogos, Tony Estanguet.
"Esse espirito dos Jogos Olímpicos demonstra uma coisa muito simples (...) que quando estamos unidos, somos imbatíveis", destacou Macron que enfrenta um bloqueio político após sua decisão de dissolver a Assembleia Nacional antes dos Jogos.
- Ações perigosas barradas -
O presidente agradeceu o trabalho de todos aqueles que ajudaram a tornar os Jogos Olímpicos um sucesso e deu especial ênfase à felicitação às forças de segurança que mantiveram os atletas e o público seguros.
Os policiais encarregados de prevenir atos violentos ou terroristas conseguiram deter "centenas de ações" perigosas durante os Jogos, afirmou Macron, que acrescentou que "não houve nenhuma tragédia".
"Graças ao trabalho do Serviço Nacional de Investigações Administrativas de Segurança (SNEAS), conseguimos evitar situações de risco e detectar 5.600 pessoas potencialmente perigosas", indicou o chefe de Estado francês.
"Fizemos Jogos sustentáveis e paritários. Não poderia ser de outra maneira", acrescentou Macron, que agora passa o bastão para Los Angeles, sede dos Jogos de 2028.
"Tornamos o Sena apto para o banho e assim ficará. O Sena e o Marne", acrescentando que os empreendimentos "sociais" e "culturais" criados para os Jogos continuarão.
"Jogos como esses, vamos ver quem pode repeti-los", ironizou Macron, pedindo ao pessoal envolvido nos Jogos Paralímpicos que "não baixem a guarda até 8 de setembro", data em que ocorrerá o encerramento das Paralimpíadas que começarão em 28 de agosto.