O personagem central do espetáculo da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris no Stade de France em 11 de agosto de 2024
WANG ZHAO
O personagem central do espetáculo da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris no Stade de France em 11 de agosto de 2024
WANG Zhao

De “decepcionante” a “extraordinária”, passando por “muito longa”. Estas são algumas das reações sobre a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, após a espetacular cerimônia de abertura no Sena.

O espetáculo foi realizado pela mesma equipe artística que a da abertura, com Thomas Jolly no comando. Ele declarou à AFP que estava “muito feliz” por voltar a um ambiente fechado, com suas vantagens cênicas e a convergência dos olhares. E, desta forma, a cerimônia aconteceu no Stade de France em Saint-Denis (norte de Paris), onde as entradas custavam a partir de 250 euros (1.500 reais na cotação atual).

“A cerimônia foi absolutamente extraordinária e me emocionou ver todos os países do mundo juntos em um mesmo lugar. Com tudo o que está acontecendo nesse momento em muitos lugares, senti que essa energia mundial se unia. Para mim, foi muito emocionante, disse Michael Cranfill, turista americano de 41 anos.

Amandine Bora, bancária, destacou, por sua vez, que foi “muito longa”, enquanto uma turista britânica considerou “genial” toda a “ode à paz do mundo”, um espírito de fraternidade entre países, reivindicado no discurso do presidente do COI, Thomas Bach.

Ao contrário do que aconteceu com a cerimônia de abertura – realizada mais para a televisão do que para os espectadores que também sofreram com a chuva – a cerimônia de encerramento foi melhor para quem a viu pessoalmente.

- “Vespa interestelar” -

Houve dificuldade para que a emoção dos momentos de maior destaque fosse transmitida através da tela devido à concepção do espetáculo metafórico e silencioso idealizado por Thomas Jolly.

“Uma história pouco clara, sem um fio condutor, muito longa. Falta de emoção. Que pena”, disse Sylvain Langlois, um espectador francês no X.

Nas redes sociais, o personagem central do espetáculo chamado “Records”, um viajante dourado tirado da ficção científica, foi qualificado como “uma coisa com um traje dourado” por um internauta, outro o viu como “uma barata”, “uma vespa interestelar” ou um “mosquito às quatro da manhã”.

“A primeira parte foi bastante sombria e lenta”, lamentou a jornalista canadense Katherine Verebely sobre a sequência que vai desde o apagar do caldeirão no Jardim das Tulherias até o show do grupo de indie rock Phoenix.

O “final feliz” realizado pelos futuros organizadores dos Jogos de Los Angeles 2028, com a aparição de Tom Cruise saltando do telhado do Stade de France, também não foi unânime.

- “Decepcionante” -

“Tenho a impressão de ter uma péssima e triste ressaca. Não conseguiu ser mais decepcionante”, escreveu a jornalista do The New York Times, Catherine Porter.

Ela apontou, de forma particular, a pobreza da última parte que aconteceu na Califórnia, um show previamente gravado de Snoop Dogg, Dr Dre, Billie Eilish e Red Hot Chili Peppers em Long Beach, que qualificou como um modesto “show em uma barraca na praia” que contrastou com as imagens de Versalhes e da Torre Eiffel.

Do ponto de vista musical, o toque francês, com as atuações de Phoenix, Air e a aparição da cantora belga Angèle pareceu agradar pelos aplausos das arquibancadas e pela invasão do palco protagonizada pelos atletas.

Para terminar a cerimônia, os organizadores escolheram a cantora Yseult que interpretou a conhecida “My Way”.

    AFP

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