A seleção feminina de vôlei da Itália, liderada por Paola Egonu, conquistou uma medalha de ouro inédita ao derrotar os Estados Unidos na final olímpica disputada neste domingo (11), em Paris.
As italianas, que perderam apenas um set ao longo de todo o torneio, fecharam o jogo em 3 a 0, com parciais de 25-18, 25-20 e 25-17.
Algoz do Brasil nas semis, que completou o pódio ao ficar com a medalha de bronze, a seleção americana, disputava sua quarta final nas últimas cinco edições e apostava na experiência para tentar emendar o segundo ouro seguido, depois do título nos Jogos de Pequim há três anos.
Mas a Itália mostrou um jogo muito mais forte e dominou o duelo com 11 bloqueios (contra nenhum dos EUA), quatro deles de Egonu, maior pontuadora da partida (22 pontos).
A estrela italiana teve o apoio valioso de Myriam Sylla (10 pontos) e Caterina Bosetti (9 pontos), sem que as americanas encontrassem solução para obter um resultado melhor.
Kathryn Plummer, tão eficiente na fitória sobre o Brasil na última sexta-feira (26 pontos), teve uma atuação apagada na final (2 pontos).
O título olímpico coroa a geração Egonu, que fez da luta contra o racismo sua bandeira na Itália, onde frequentemente é alvo de ataques por parte da extrema-direita.
A jogadora de origem nigeriana, que levou a Itália ao título europeu em 2021, chegou a pensar em abandonar a seleção no ano seguinte, logo depois do terceiro lugar no Mundial, explicando que estava cansada dos insultos.
Considerada a melhor jogadora do mundo atualmente, Egonu deu uma resposta ainda melhor ao escrever com as companheiras a história do voleibol italiano, com este ouro olímpico que chega depois do título da Liga das Nações, em junho.