O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, discursa durante a 142ª sessão do COI, em Paris, em 10 de agosto de 2024
FABRICE COFFRINI
O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, discursa durante a 142ª sessão do COI, em Paris, em 10 de agosto de 2024
Fabrice COFFRINI

O alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, anunciou, neste sábado (10), que não irá concorrer a um terceiro mandato a partir de 2025, o que teria implicado uma modificação da Carta Olímpica.

"Após profunda deliberação (…) cheguei à conclusão de que não deveria pedir a prorrogação do meu mandato", para "proteger a credibilidade" do movimento olímpico, declarou emocionado o dirigente no encerramento da 142ª sessão do COI em Paris, onde os Jogos Olímpicos serão encerrados neste domingo.

O ex-esgrimista de 70 anos, campeão da seleção olímpica nos Jogos de Montreal em 1976, lembrou que foi "um dos promotores" dos limites de mandatos numa instituição por vezes abalada por escândalos de governança.

Quando foi eleito em 2013, o bávaro buscava encarnar a renovação do Olimpismo – especialmente com Jogos menos onerosos e com mais respeito ao meio ambiente – sob a premissa de "mudar ou ser mudado".

"Esse mantra se aplica a mim também", declarou ele, antes de ser forçado a fazer uma pausa por alguns momentos, com lágrimas nos olhos.

Assim, o COI elegerá o seu sucessor durante a sua 143ª edição, em Atenas, de 18 a 21 de março de 2025, enquanto Thomas Bach permanecerá como presidente interino até junho.

O debate sobre um possível terceiro mandato havia sido aberto em outubro passado, em Bombaim (Índia), durante a sessão anterior do órgão, quando vários membros do COI pediram ao alemão que continuasse.

Bach guardou para si a resposta, atendendo às recomendações da comissão de ética de esperar até o final dos Jogos de Paris para não interferir no evento.

    AFP

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