Ángel Di María em aquecimento antes do jogo entre Argentina e Peru pela Copa América
Chris ARJOON
Ángel Di María em aquecimento antes do jogo entre Argentina e Peru pela Copa América
Chris ARJOON

O atacante argentino Ángel Di María conta com as "medidas de segurança sempre à disposição", informou nesta terça-feira (23) o Ministério de Segurança da província de Santa Fé, depois de o jogador ter descartado a possibilidade de voltar a jogar pelo Rosario Central por falta de "garantias".

A decisão de Di María, que continuará vinculado ao Benfica de Portugal, foi revelada depois que o jogador recebeu ameaças na cidade de Rosário (na província de Santa Fé), considerada a "capital do narcotráfico" na Argentina e onde o sogro de Lionel Messi, também nascido na cidade, foi baleado em março de 2023.

Na última segunda-feira, o presidente do Rosario Central, Gonzalo Belloso, comunicou que Di María não quis voltar ao clube que o revelou porque "não sentia as garantias de segurança para ele e sua família".

No entanto, "as medidas de segurança estão sempre à disposição se a pessoa interessada, sendo uma pessoa de alta exposição pública, entrar em contato com as autoridades e um diálogo for estabelecido para que se mostrem as opções", disse nesta terça-feira Pablo Cococcioni, ministro de Segurança de Santa Fé.

No dia 30 de maio, duas pessoas de motocicleta dispararam contra um posto de gasolina de Rosario e deixaram um bilhete com ameaças a Di María.

Um dia antes, pessoas não identificadas vandalizaram um mural em homenagem ao jogador.

Em março, familiares de Di María foram ameaçados no condomínio fechado onde moram, nos arredores de Rosário. Na ocasião, um jovem investigado por narcotráfico foi preso suspeito de ter atirado uma sacola com um cartão para a "Família Di María" e um bilhete que dizia: "Nem [Maximiliano, governador de Santa Fé] Pullaro vai te salvar".

"Não é bobagem, as pessoas sabem da metade, aconteceram coisas que não se sabe", disse na semana passada Jorgelina Cardoso, esposa do jogador.

Rosário é a cidade mais violenta da Argentina, com uma taxa de homicídios que em 2023 chegou a 22 para cada 100 mil habitantes, cinco vezes mais que a taxa nacional, e a maioria dos crimes estiveram relacionados ao narcotráfico, segundo estatísticas oficiais.

    AFP

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