Harry Kane interage com jornalistas na concentração da Inglaterra durante a Euro-2024, em 23 de junho de 2024, em Blankenhaim.
ADRIAN DENNIS
Harry Kane interage com jornalistas na concentração da Inglaterra durante a Euro-2024, em 23 de junho de 2024, em Blankenhaim.
Adrian DENNIS

Se consolidar, calar as críticas e finalmente decolar na Euro-2024: depois de chegar à Alemanha como uma das favoritas, a decepcionante Inglaterra tem uma tripla missão a cumprir nesta terça-feira (24), em Colônia, contra a Eslovênia às 16h (horário de Brasília), na última rodada do Grupo C.

As coisas andam rapidamente no futebol e os 'Three Lions' são um bom exemplo disso, após chegarem ao torneio elogiados pela imprensa do país e, duas semanas depois, serem alvo das mais amargas críticas.

A mais enfática e dolorosa talvez seja a de Gary Lineker, lendário atacante inglês da década de 1980 e que hoje é comentarista esportivo. O ex-jogador do Barcelona descreveu o jogo da seleção nos dois primeiros jogos como "uma merda".

Os ingleses conquistaram uma vitória insossa contra a Sérvia graças a um gol de Jude Bellingham (1-0) e não conseguiram derrotar a Dinamarca, sofrendo um merecido gol de empate (1-1).

A classificação para as oitavas de final não está em perigo, já que pode garanti-la antes mesmo de jogar, mas a imagem mostrada em campo deixa muito a desejar.

- Atacantes se atrapalham

O principal alvo das críticas é o técnico Gareth Southgate, culpado segundo a imprensa por não conseguir encaixar adequadamente todos os talentos que tem à sua disposição.

Principalmente seus três atacantes, Harry Kane, Phil Foden e Bellingham, titulares no ataque, mas que se atrapalham.

Southgate colocou Bellingham numa posição de diretor do jogo ofensivo, semelhante ao que a jovem pérola ocupa no Real Madrid.

Mas na seleção essa posição afeta Kane, autor de 44 gols nesta temporada pelo Bayern de Munique, que gosta de recuar para buscar a bola.

Southgate também transferiu Foden para a ponta, fazendo desaparecer o Jogador da Temporada da Premier League com o Manchester City, clube onde ocupa uma posição mais central.

- Kane pede calma -

Diante da tempestade, Kane tentou acalmar os ânimos na entrevista coletiva de domingo, mas não sem antes entrar numa troca de farpas os jornalistas haviam iniciado enquanto esperavam sua chegada.

O capitão dos 'Three Lions' fez um apelo para que se tenha calma.

"Não acho que não jogamos bem contra a Dinamarca. Estivemos abaixo do que sabemos fazer", reconheceu. Mas "já passamos por isso antes", lembrou ele. "Temos muita experiência. Portanto, não é hora de entrar em pânico, mas sim de tentar melhorar".

A Eslovênia, último adversário da Inglaterra no Grupo C nesta terça-feira em Colônia, parece o adversário perfeito para mostrar todas as mudanças que Kane sugere que virão.

A não ser que aconteça um cataclismo, os ingleses chegarão às oitavas de final da Eurocopa e poderão começar a pensar no futuro.

Southgate pode aproveitar este último jogo para poupar seus astros e tentar novas estratégias. Além disso ele terá todos os seus jogadores disponíveis, depois da recuperação de Luke Shaw, o único lateral-esquerdo de ofício de sua lista e que participou normalmente do treino desta segunda-feira, depois de ter ficado afastado dos gramados até agora por lesão.

"Este não é o momento para entrar em pânico", voltou a insistir Kane, mostrando tranquilidade. Independentemente do resultado, na terça-feira serão obrigados a finalmente dar sinais positivos, correndo o risco de multiplicar as críticas antes da fase de mata-mata do torneio.

    AFP

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